Marcado para o início desta semana, o anúncio do local para instalação do Promar Ceará foi adiado novamente
Após 15 dias de avaliações, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, apresentou no início da tarde de ontem, no Rio de Janeiro, ao diretor presidente do Estaleiro Promar Ceará, empresário Paulo Haddad, estudos sobre cinco linhas de praias, pesquisadas por técnicos municipais, para possível instalação do estaleiro. Distantes dos "holofotes" cearenses, a prefeita e o secretário municipal de Infraestrutura, Luciano Feijão, apresentaram cálculos de custos e estudos de impactos ambientais e urbanísticos, realizados nas praias do Portão, no Mucuripe; do Pirambu e do Emissário Submarino, em Fortaleza; além do Pecém e em Camocim. O encontro ocorreu no escritório do empresário, no edifício Torre Rio Sul, na zona sul carioca. A reunião foi confirmada pela assessoria de imprensa da prefeita e pelo empresário.
Segundo ele, a novela em que se transformou a implantação do empreendimento naval no Ceará, terá um final, feliz ou não, na próxima segunda-feira, dia 7. "A prefeita informou que segunda-feira bate o martelo", sinalizou Haddad, após o encontro. Conforme revelou à reportagem, Luizianne Lins lhe apresentou estudos completos, incluindo os custos de infraestrutura em cada uma das áreas, bem como os benefícios e desvantagens, prós e contras, à instalação do estaleiro, em cada uma das cinco áreas estudadas.
Sem detalhes
Sem tecer detalhes, ele disse que, após conhecer os dados, apresentou suas considerações sobre cada um dos locais analisados, ficando acertado que a prefeita iria reavaliá-los, para apontar um definição oficial, na próxima segunda-feira. Conhecida a área, acrescentou Haddad, o próximo passo será marcar uma reunião com o governador Cid Gomes. O pedido da audiência já foi feito, para terça-feira, dia 8, segundo adiantou o empresário. Nessa data, porém, não será possível, tendo em vista a visita do presidente Luis Inácio Lula da Silva, a Fortaleza. Outra data será agendada.
Para Haddad, a prefeita cumpriu com o promessa de apresentar no início deste mês, estudos sobre áreas de praia no Estado, que podem justificar, ou não, a instalação do equipamento na Capital cearense. "A prefeita honrou seu compromisso. Ela fez tudo direitinho", declarou o empresário, que aguarda há dez meses, por uma definição de uma área para o estaleiro. Ele voltou a alertar, no entanto, à exiguidade do tempo necessário para se conseguir a posse da área e a licença ambiental prévia, documentos exigidos pela Transpetro para a assinatura do contrato à construção dos oito navios gaseiros, marcada para o próximo dia 30. "Precisamos ter um norte (definição do local) urgente", reiterou o empresário, que já havia apontado o fim de maio, como data limite, para que o município definisse um local para o equipamento.
Embaraço
Ao fim do encontro, a reportagem tentou ouvir Luciano Feijão e a assessoria de imprensa da Prefeitura de Fortaleza; deixou recados na caixa postal, mas não houve retornos.
Paulo Haddad garante que o estaleiro irá gerar 1.200 novos postos de trabalho e cinco mil empregos indiretos.
Ele garante que o estaleiro é um empreendimento limpo, não poluente. O Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-CE) discorda e afirma ser contra o estaleiro na Capital.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO
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