Receba notícias em seu email

MSC

Ariovaldo Rocha tenta presidir a Firjan

Após 18 anos sob a batuta de Eduardo Vieira, a Federação das Indústrias (Firjan) poderá ser presidida por Ariovaldo Rocha a partir de agosto. Em todo esse período não houve chapa de oposição, pois o estatuto da entidade exige que qualquer candidatura conte com expressiva participação formal de sindicatos e, portanto, ao longo das últimas eleições isso não foi viabilizado. A entidade tem 104 sindicatos e uma chapa precisa ter mais de 40 adesões. Ariovaldo Rocha, presidente do Sindicato Nacional da Construção Naval (Sinaval), foi procurado, há alguns meses, por algumas dezenas de presidentes de sindicatos, que lhe propuseram aceitar o desafio de renovar a casa da indústria. A partir daí, foram obtidas novas adesões, que já garantem a possibilidade de um salutar embate de chapas entre situação e oposição.

O bom trabalho nos estaleiros credencia Rocha. Realmente, houve apoio declarado do então presidente Lula, só que apenas o entusiasmo do chefe do governo não resolve tudo. Houve uma série de obstáculos, até que os estaleiros de todo o país passassem dos 2 mil empregados, de 2003, aos 72 mil de agora – dos quais cerca de metade em solo fluminense. Foi necessário injetar dinheiro no Fundo de Marinha Mercante, o que envolveu contatos com o Ministério dos Transportes.

Junto à Fazenda, conseguiu-se um fundo garantidor, pois todo armador tinha medo de que estaleiros – vindo de fase difícil – quebrassem, corroendo as finanças do contratante. Junto ao Ministério do Trabalho, conseguiu-se um acordo tripartite – empresários, trabalhadores e governo – de modo que o setor contasse com regras próprias; afinal, a aplicação de normas da construção civil causava multas ou confusão, pois um prédio é estável, enquanto o navio é feito de aço e flutua. Essas normas foram elogiadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Rocha quer transplantar o modelo de trabalho para os demais segmentos da indústria fluminense, não de forma genérica, mas específica. Um segmento precisa de crédito, outro de normas mais modernas e ainda alguns necessitam de redução na burocracia junto a órgãos estaduais e federais ou até mesmo de proteção contra dumping chinês, ou mesmo de um simples acesso viário. Cada demanda tem de ser vista caso a caso. O candidato quer ampliar o diálogo com as autoridades, em tom ameno, mas sempre cobrando resultados. Lembra ele que “papel não anda sozinho” e de pouco adianta mandar relatórios detectando problemas graves, se os diretores da entidade não se voltarem, dia a dia, sobre a evolução de cada processo na administração pública.

Fonte:Monitor Mercantil/Sergio Barreto


PUBLICIDADE








Shelter

   Zmax Group    ICN    Ipetec
       

NN Logística

 

 

 

  Sinaval   Syndarma
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira