A petroleira britânica BG vai participar da 11ª Rodada de Licitações de blocos exploratórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como operadora e líder de consórcio. A companhia foi uma das primeiras a confirmar presença na concorrência, marcada para os dias 14 e 15 de maio.
"A BG tem todo o interesse e vai, sim, participar de uma maneira muito ativa na 11ª Rodada [...] Quando digo que nós queremos participar, certamente é como líder do consórcio, como operador. É assim que vamos nos apresentar", disse ontem o presidente da empresa no Brasil, Nelson Silva, durante o lançamento da pedra fundamental do centro global de tecnologia da companhia, no Rio de Janeiro.
Segundo o executivo, as regras de conteúdo local, criticadas pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e Petrobras, não vão afetar os planos da empresa para a licitação. Ele, porém, admitiu que existe uma dificuldade para a indústria atender a demanda aquecida do setor de petróleo no país.
"A indústria brasileira está bastante demandada, não só pela Petrobras, mas por todos os parceiros e todas as empresas que operam. Queremos ajudar o crescimento. Isso tem sido o maior obstáculo porque a capacidade instalada está com dificuldades para atender a grande demanda que de existe", afirmou.
Com relação às outras rodadas previstas para este ano, Silva afirmou que a participação ainda será objeto de análise futura. O governo pretende fazer um leilão de blocos na camada pré-sal, no modelo de partilha, e de áreas voltadas para exploração de gás natural em terra. Esses leilões estão previstos para o fim do ano.
O presidente da BG no Brasil contou ainda que os resultados preliminares nos blocos BM-S-9 e BM-S-11, no pré-sal da Bacia de Santos, "estão melhores do que a companhia esperava". As duas áreas abrigam os campos gigantes de Sapinhoá e Lula, respectivamente. A BG possui 30% de participação no BM-S-9 e 25% no BM-S-11, ambos operados pela sócia Petrobras. "Estamos com uma expectativa muito grande quanto à produtividade do BM-S-9", disse.
O centro global de tecnologia da BG está previsto para ser inaugurado em meados de 2014. O empreendimento está inserido no programa de investimentos da companhia em pesquisa e desenvolvimento (P&D), de US$ 1,5 a US$ 2 bilhões, até 2025.
Fonte: Valor Econômico/Rodrigo Polito | Do Rio
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