LA PAZ — O governo boliviano anunciou nesta quinta-feira que estuda  ceder à Petrobras novas áreas de prospecção e produção de  hidrocarbonetos, destinados ao consumo brasileiro, o principal mercado  para seu gás natural.
 "Estamos trabalhando para definir em torno de 17 novos blocos para  projetos de risco com a Petrobras", anunciou o ministro dos  Hidrocarbonetos da Bolívia, Fernando Vincenti, sem dar mais detalhes  técnicos.
 Ele sustentou que as negociações com a Petrobras estão orientadas a  "projetos de médio e longo prazo", pouco depois de a delegação  diplomática brasileira anunciar o interesse de seu governo em aumentar a  demanda por gás boliviano.
 A Bolívia chegou em maio ao nível máximo de capacidade do gasoduto  binacional, que é de 31 milhões de metros cúbicos diários (MMCD), devido  ao fato de Brasília ter injetado nessa época mais gás para suas usinas  destinado ao mercado de São Paulo.
 O contrato de Brasil com Bolívia, assinado em 1999 e válido por 20 anos, prevê um abastecimento máximo de 31 MMCD.
 A Bolívia assinou também, em março passado, um acordo com Argentina para a venda este ano de até 7,7 MMCD.
 O embaixador brasileiro Frederico Cézar de Araújo disse recentemente que  as negociações entre a estatal boliviana YPFB e a Petrobras refletem o  interesse de seu país de estender suas compras de gás boliviano além do  prazo vigente de 2019.
 "Estamos esperando a designação de (novos) campos para poder fazer novos investimentos", disse o diplomata.
 A Petrobras já explora os blocos de Monteagudo, Río Hondo e Ingre, no  sudeste boliviano, e prevê aumentar a produção de San Antonio e San  Alberto, na região de Tarija.
(Fonte:AFP)
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