Campos maduros atraem interesse

Os produtores independentes de petróleo querem incluir no projeto de lei para capitalização da Petrobras uma emenda que garanta a cessão, para as companhias menores, de blocos terrestres maduros operados pela estatal com reservas somadas de até 100 milhões de barris. A Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip) defende que essa seria uma forma de a Petrobras arrecadar recursos que serviriam para pagar parte dos custos com a cessão onerosa de até 5 bilhões de barris do pré-sal. Segundo a associação, os 100 milhões de barris de reservas poderiam ser atingidos em cerca de 140 campos terrestres hoje sob operação da Petrobras. O presidente da Abpip, Oswaldo Pedrosa, estima que as empresas independentes tenham investido cerca de R$ 2 bilhões desde 2003, quando as companhias de menor porte começaram a participar das rodadas de licitação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Pedrosa alerta ainda para a redução na produção, que gira em torno de 1.500 barris diários, abaixo do pico de 1.800 barris por dia, atingido em 2007. O executivo alerta ainda para a redução da taxa de sucesso exploratório entre as 15 empresas associadas à Abpip, que passou de 55% em relação à 5ª Rodada, de 2003, - com 11 blocos comerciais em 20 arrematados - para 20% em 2004, com 18 comerciais em 89 contratados; e 6% em 2005, com 11 comerciais em 171 contratados. Pedrosa ressalta que as recentes ofertas em leilões de bacias em novas fronteiras exploratórias não atraem tanto interesse das empresas independentes, uma vez que o investimento é alto e o risco muito alto. "Não temos acesso a grandes linhas de financiamento e todo o dinheiro colocado nas operações é das próprias empresas", destaca Pedrosa, que se mostrou otimista em relação à possibilidade de a estatal abrir mão dos campos maduros. "Ela (Petrobras) precisará de recursos para investir no pré-sal. A nossa proposta é vantajosa e, com isso, ela poderá deslocar recursos para o pré-sal", acrescenta, lembrando que a falta de escala de produção afeta as contas das empresas independentes brasileiras. Pedrosa também criticou a estrutura de financiamento às pequenas empresas de petróleo no Brasil. Segundo ele, em mercados com o dos Estados Unidos, em que as companhias independentes têm participação relevante, os bancos aceitam estimativas de reservas certificadas como garantia para empréstimo, o que não ocorre no Brasil. "Nos Estados Unidos as operações de "farm in" e "farm out" - compra e venda de participações em blocos exploratórios - são mais ágeis, enquanto no Brasil são muito limitadas. Essa é uma operação importante para garantir recursos para empresas independentes", frisa Pedrosa, que é diretor presidente da Aurizônia Petróleo. Em relação ao marco regulatório do pré-sal, a Abpip teve derrubada uma emenda ao projeto da partilha de produção que previa a possibilidade de que todos os campos com reservas inferiores a 1 milhão de barris fossem devolvidos para a ANP, que os leiloaria entre as independentes. A emenda foi substituída por outra, que obriga a agência a regulamentar o setor das companhias independentes em até 120 dias depois de sancionadas as novas regras. O barril do WTI fechou ontem praticamente estável na Bolsa Mercantil de Nova York, em um dia marcado pela valorização do dólar em relação a outras moedas. Ao final do pregão, os contratos para entrega em janeiro fecharam 1 centavo de dólar, a US$ 72,65. O barril do petróleo Brent, para entrega em fevereiro, fechou na Bolsa Intercontinental de Futuros a US$ 73,37, queda de 92 centavos de dólar em relação a quarta-feira.(Fonte: Valor Econômico/Rafael Rosas, do Rio)



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