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Capitalização da Petrobrás trará mais positivo que Copa e Olimpíadas

Os efeitos do processo de capitalização da Petrobras deverão reverberar em diversos setores da economia nacional, funcionando de modo magnético e trazendo os investimentos internacionais com maior intensidade. A projeção é do economista Célio Fernando Bezerra de Melo, sócio-diretor da BFA Assessoria em Finanças e Negócios. Para o especialista, o marco é tão impactante para o futuro econômico do País, que deverá provocar consequências mais positivas do que a Copa do Mundo de 2014, sediada pelo Brasil, e as Olimpíadas de 2016, a serem realizadas no Rio de Janeiro. "A Petrobras é uma grande geradora de empregos, pesquisa e produção. Certamente, o multiplicador de investimentos que está por vir (com a capitalização) será superior ao desses eventos esportivos, que costumam criar uma grande expectativa, mas não garantem uma herança positiva tão grande. A Petrobras vai poder atrair uma grande esteira de negócios", compara.

Alavanca

Bezerra de Melo classifica o plano de investimentos da Petrobras, de US$ 224 bilhões entre 2010 e 2014, como "o mais arrojado de todos os tempos". "Será um grande divisor de águas, pois veremos o mercado de capitais funcionando como uma alavanca para esse plano de negócios altamente ambicioso da estatal", avalia. Para o economista, a influência que a Petrobras pode exercer na estrutura econômica brasileira é peculiarmente poderosa, principalmente, levando-se em conta o mundo empresarial. "Uma empresa que, sozinha, chega a um potencial de geração financeira equivalente a 5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, possui um poder único", engrandece.

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Falta mão-de-obra

No entanto, defende Bezerra, para usufruir da gama de vantagens que o processo de capitalização pode proporcionar ao Brasil, é preciso enriquecer a mão-de-obra local, que, segundo ele, ainda está muito distante do ideal. "Nós temos esse gigante capital em mãos, mas onde está a usina de gente para fazer essas máquinas rodarem?", questiona, afirmando que é veemente a carência de profissionais como engenheiros no mercado.

Sobre a elevação na participação do governo na empresa, contando, agora, com fatia de 48%, ele afirma que "foi um montante bem investido. Colocar dinheiro do tesouro na Petrobras é um bom negócio".

Ceará

Bezerra de Melo acredita que o Ceará poderia tirar mais proveitos dos desdobramentos da capitalização e lamenta pela perda do Estaleiro Promar, que acabou incrementando a rede de empreendimentos pernambucanos. "Foi uma grande pena para o Estado não ter conseguido mais esse equipamento. Evidente que as questões ambientais têm de ser respeitadas, mas acredito que poderia ter havido uma solução, por meio, principalmente, de intervenção tecnológica. Com essa explosão da Petrobras, uma estaleiro seria essencial".

Refinaria

Acerca da refinaria, empreendimento bastante aguardado no Estado, ele afirma que é "perfeitamente normal" que o processo de conclusão da obra se acelere, agora que existe uma quantidade monetária superior a ser injetada no plano de investimentos da empresa. "Esse bom momento vivido pelo Brasil precisa ser aproveitado pelo Estado do Ceará. É a hora de fazer as coisas acontecerem, usando todo esse potencial que está ascendendo cada vez mais. Capital, ao que parece, não falta", conclui o economista.

Investimentos

224 Bilhões de dólares é o valor do plano de investimentos da Petrobras, que para Célio Fernando Bezerra de Melo, é o mais arrojado de todos os tempos. Um grande divisor de águas

Valorização

Vale recomprará até US$ 2 bi de ações

Rio. O conselho de administração da Vale aprovou ontem a proposta da diretoria executiva para a recompra de até US$ 2 bilhões em ações preferenciais e ordinárias para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. O objetivo da companhia é adquirir até 64.810.513 ações ordinárias e até 98.367.748 ações preferenciais, correspondentes a 5% do número de papéis de cada espécie em circulação com base na posição acionária de 31 de agosto de 2010. A recompra terá prazo máximo de 180 dias, a contar de ontem, se encerrando em 22 de março de 2011. A Vale ressaltou que "o programa obedece rigorosamente a legislação brasileira em vigor" e que a aquisição será realizada em bolsa de valores a preços de mercado.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/VICTOR XIMENES

 



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