O mundo do petróleo está fervilhando. Os ataques ao conteúdo local partem de multinacionais e de grandes jornais. Bob Fryklund, da consultora americana IHS, afirmou que a proteção à indústria brasileira teria de ser revista. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) faz coro. Declara que chegou a hora de “aprimorar” a política de conteúdo local com foco no incremento da capacidade e competitividade internacional.
Documento do IBP propõe que a política de conteúdo local deveria priorizar incentivos às empresas – com desonerações, subsídios e regimes aduaneiros especiais. “Esses incentivos devem ser aplicados em caráter temporário, com sinalização clara de vigência e de gradativa redução”, conclui.
A presidente Dilma Rousseff garantiu, de forma clara, que a política de conteúdo local está mantida, mas a presidente passa por fase sensível. Além disso, os chineses acenam com recursos para a Petrobras e, ao que se sabe, começaram a ganhar algumas encomendas. O consórcio Integra (Mendes Junior e OSX) cedeu para o grupo chinês Offshore Oil Engineering Corporation (COOEC) o contrato de construção de módulos e de integração dos FPSOs P-67 e P-70.
No Sul, o consórcio Queiróz Galvão/Iesa deverá perder a encomenda de 19 módulos da plataformas P-75 e P-77, que devem ir para China ou Coréia. Encomenda dada ao Jurong do Espírito Santo, obras nas FPSO –68 e P-71 também podem ir para o exterior. Pelo sim, pelo não, o conteúdo local está correndo risco.
Fonte: Monitor Merantil/Sergio Barreto Motta
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