Segundo fontes, desde que os preços internacionais começaram a cair, a Petrobras passou a reduzir o ritmo de contratação de barcos de apoio brasileiros, sem dar explicações. Após um leilão para sete barcos, por exemplo, são feitos contratos para quatro, e os três restantes ficam sem informações, supondo-se que a estatal tenha optado por alugar unidades estrangeiras usadas.
Assim, de forma dissimulada, as encomendas de barcos de apoio verde-amarelos estão sendo reduzidas. Atualmente, os barcos estrangeiros já são maioria no Brasil e, a se reduzir o ritmo de contratação de nacionais, as metas anunciadas pelos presidentes Lula e Dilma, de prestígio aos nacionais, terão sido descumpridas.
No caso de barcos estrangeiros, ocorre o simples aluguel. Já para barcos brasileiros, o processo envolve leilão por menor preço e, após a escolha do armador, este encomenda navios nos estaleiros nacionais, para aluguel de longo prazo à Petrobras. Na crise, a Petrobras opta por cortar custos no curto prazo, sem pensar no médio e longo prazos.
A recente alta do dólar poderá gerar um efeito perverso, fazendo com que os barcos alugados de estrangeiros, após algum tempo, se tornem mais onerosos do que os nacionais. A exigência de conteúdo nacional não pode ser cumprida pelos estrangeiros, mas isso não impede a assinatura do contrato, pois é cobrada apenas multa irrisória.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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