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Criticados pelo PR, petistas negam blindagem no ministério

Em resposta às reclamações do PR contra as demissões no Ministério dos Transportes, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), disse que o governo está "tratando todos por igual" e que o partido "é um grande aliado", em entrevista divulgada ontem no site oficial do PT. "Não tem processo de proteção desse ou daquele se tiver problemas éticos ou mesmo políticos", disse Vaccarezza.

O PR comanda a Pasta há nove anos. A maioria dos 15 demitidos do ministério nas últimas semanas é filiada à sigla. O partido aliado tem pressionado o governo para demitir o petista Hildebrando Caron da diretoria de infraestrutura do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Ontem, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), defendeu Caron. Filiado ao PT gaúcho, o diretor é o único indicado pelos petistas na cúpula do Ministério dos Transportes. Apesar da defesa, Tarso disse que, se fosse Caron, "sairia de lá para ajudar" a presidente Dilma Rousseff. "Eu o conheço há 30 anos e duvido que tenha cometido alguma ilegalidade por motivos dolosos ou interesses próprios", disse.

"Que tem problema o Ministério dos Transportes não é nenhuma novidade. Agora temos que observar o que é efetivamente corrupção, o que é denúncia de empreiteira que perdeu contrato e o que é denúncia política para fazer combate político ao governo", disse, durante evento na Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão, em Porto Alegre.

No Dnit, Caron é o responsável administrativo pelo aumento em valores de obras rodoviárias não concluídas. O governo, porém, já acertou o afastamento do petista.

Ontem, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), cobrou do governo que a conduta em relação às denúncias de corrupção no ministério deveria valer a todos os partidos. "A balança tem que ser uma só", disse. Portela afirmou que nem todos afastados pertencem ao seu partido. O deputado do PR prevê problemas no Congresso para o governo Dilma se não houver mudança na foram de tratamento à base aliada.

O vice-líder do governo na Câmara, Luciano Castro (PR-RR), reclamou que as demissões no ministério ocorrem "a conta-gotas" e defendeu que os cortes deveriam ter ocorrido de uma só vez porque evitaria a exposição do partido à opinião pública. Segundo Castro, o PR não pode ser apontado como único culpado das irregularidades nos Transportes, pois a Pasta é integrada por outros partidos, como o PT. Castro, no entanto, descartou que o PR possa sair da base de apoio do governo.

O petista Vaccarezza negou problemas com os partidos aliados. "Não existe nenhum processo de rompimento com o PR", afirmou. Segundo Vaccarezza, as demissões no ministério se deram com base em "denúncias concretas". "E se atingir PT, se atingir PR, PCdoB, ou se atingir PSB, é outra discussão."

Para o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), a presidente vai investigar todos os casos de suspeita de corrupção dentro do governo, sem discriminações partidárias. "Em todos os lugares aonde existirem irregularidades, a presidenta tomará as mesmas medidas", afirmou ao site do PT. "Se tiver alguma irregularidade envolvendo pessoas do nosso partido, elas serão igualmente afastadas. Não há qualquer convivência e aceitação do erro", afirmou. (Com agências noticiosas)

Fonte:Valor Econômico/Ana Paula Grabois | De São Paulo


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