A presidenta da República, Dilma Rousseff, acabou não vindo a Rio Grande nesta segunda-feira, como estava previsto. Conforme sua assessoria, a vinda dela ao Município foi cancelada no início da manhã devido "à instabilidade meteorológica". Em função disso, o evento que seria realizado na cidade foi transferido para o Palácio Piratini, em Porto Alegre. A presidenta já estava na Capital gaúcha desde sábado. Na cerimônia realizada no Piratini, Dilma Rousseff assinou o contrato para a construção de módulos e integração das plataformas FPSOs (sigla em inglês para plataformas que produzem, armazenam e transferem petróleo) P-75 e P-77. As obras nas duas unidades serão feitas pela Quip, em Rio Grande.
O evento no Piratini também assinalou a conclusão da plataforma semissubmersível P-55, também trabalhada pela Quip no Município, no Estaleiro Rio Grande 1 (ERG1). De acordo com a Petrobras, as obras dessa unidade foram terminadas nesta semana. No entanto, a data de sua saída, de Rio Grande, vai depender dos testes de inclinação, que terão início amanhã ou quinta-feira, e, depois, das condições meteorológicas adequadas. Do Polo Naval rio-grandino, a P-55 irá para o Campo de Roncador, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro. Ela entrará em operação em dezembro deste ano.
No Campo de Roncador, a P-55 ficará ancorada em local com profundidade de 1.800 metros e terá, no total, 17 poços a ela ligados, sendo 11 produtores e seis injetores de água. Essa plataforma é destinada à produção de 180 mil barris de óleo por dia e, junto com o petróleo, deverá produzir 4,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Segundo a Petrobras, as obras da P-55 geraram em torno de cinco mil empregos diretos e 15 mil indiretos e alcançaram o índice de 79% de conteúdo nacional, proporcionado principalmente pelo fato de a construção e a integração terem sido feitas totalmente no Brasil.
A edificação da plataforma foi realizada em duas partes construídas de forma simultânea, casco e topside, e posteriormente unidas. O casco da unidade foi feito no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, de onde veio para o Polo Naval de Rio Grande, para continuidade dos serviços. Em Rio Grande, foram feitas as instalações do convés e dos módulos, bem como a integração dos sistemas da plataforma. A construção dos módulos de Remoção de Sulfato e Compressão de Gás também foi feita no local. Outros módulos, entre eles o de Remoção de CO2, foram construídos em Niterói (RJ) e, depois de prontos, transportados até Rio Grande.
Fonte: Jornal agora (RS)/Carmem Ziebell/Assessoria
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