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Dívida de empresas de Eike vai a R$ 25,1 bilhões

As dívidas das empresas de capital aberto do grupo EBX, de Eike Batista, chegaram a R$ 25,1  bilhões no fim de junho. O valor é R$ 600 milhões superior aos R$ 24,5 bilhões registrados  em março.

Os dados incluem dívidas de curto e longo prazo.

O endividamento de curto prazo, que tem um custo maior, no entanto, foi reduzido em R$ 1,1  bilhão. "A mudança no perfil da dívida é obrigatória, não é uma estratégia. Se isso não for  feito, vai enforcar as companhias", afirma Elad Revi, analista da Spinelli Corretora.

Os bancos aceitaram rolar parte das dívidas de curto prazo, para permitir que as empresas  tenham mais tempo para encontrar um comprador. Dessa maneira, as instituições financeiras  evitam registrar prejuízos em seus balanços.

Eike já vendeu o controle da MPX (energia) para a alemã E.ON. Anteontem, acertou a venda do  controle da LLX (logística) para o americano EIG. MMX (mineração) e OGX (petróleo) também  estão em busca de sócios.

A OSX (estaleiro) pagou cerca de R$ 500 milhões em dívidas de curto prazo no último  trimestre. O Itaú BBA, por exemplo, recebeu R$ 206,6 milhões de uma dívida de R$ 515,5  milhões. Para o restante, concedeu mais dois meses de prazo.

O BNDES também deu mais dois meses de prazo para a OSX pagar uma dívida de R$ 548,1  milhões.

O banco estatal, no entanto, não recebeu nenhuma fatia do débito.

A MPX (termelétrica) foi a única das empresas a conseguir novos empréstimos. Segundo  analistas, a aquisição do controle pela alemã E.ON contribuiu para a boa vontade dos  bancos.

O BTG emprestou R$ 100 milhões à empresa, com vencimento em outubro de 2013. Com essa  operação, a dívida da MPX com o banco de André Esteves subiu para

R$ 570,1 milhões. O HSBC também emprestou mais R$ 101 milhões à companhia.

Além disso, Itaú e Bradesco aceitaram rolar empréstimos anteriores, concedendo mais três ou  seis meses, dependendo do caso.

Não houve mudanças significativas nas dívidas de curto prazo de OGX (petróleo) e MMX  (mineração). A MMX vem enfrentando dificuldade para obter novos empréstimos e rolar suas  dívidas no mercado. A empresa aguarda a chegada de um sócio.

"Temos conseguido obter novas linhas de crédito, não na quantidade que desejamos. Dois  grandes bancos que nos apoiam vão renovar nossas linhas no segundo semestre. Vamos  conseguir rolar a dívida", aposta o diretor financeiro, Ricardo Assef.

A MMX quer se concentrar na mina Serra Azul (MG) e no porto do Sudeste e tenta vender  separadamente o projeto Corumbá, em Mato Grosso do Sul, que deixou de interessar pela  dificuldade de logística e a baixa produção.

DEMISSÕES

A OGX, ponta do iceberg da crise do grupo, reduziu em 41% da sua força de trabalho em um  ano, totalizando em junho 351 empregados e 3.989 terceirizados.

Já a MMX passou de 1.300 para 1.100 funcionários no período, redução de 15% no quadro de  trabalhadores. Na OSX, o número de colaboradores caiu de 43.129 pessoas para 23.599  pessoas.

Fonte: Folha de São Paulo/DENISE LUNA/MARIANA SALLOWICZ DO RIO/RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO






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