O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) terá que investir algo em torno de R$ 200 milhões na ampliação de sua área caso vença licitações para a construção de sondas de perfuração do pré-sal. O grupo instalado no Complexo Industrial Portuário de Suape concorre a sete dos 28 itens do processo licitatório da Petrobras, que teve a abertura de propostas adiada por diversas vezes. O pacote desejado pelo EAS ficará por volta de US$ 5 bilhões. O prazo para a apresentação de recursos contra os concorrentes, questionando a qualificação técnica dada pela estatal, encerrou ontem.

“Por enquanto, não vemos problemas para entrarmos com recurso. O desafio de quem ainda não tem estaleiro é maior do que o nosso, que temos condições reais de ficar (com a construção das sondas). Se ganharmos, investimentos terão que ser feitos”, disse o presidente do EAS, Angelo Bellelis, referindo-se ao interesse dos chamados estaleiros virtuais, que dependem da demanda para iniciarem sua implantação em Suape.

Um dos principais alvos de questionamento seria uma indústria de navios que pretende se instalar em Alagoas. No próximo dia 17, o Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante (FMM) vai se reunir para analisar 165 novos projetos de modernização ou instalação de estaleiros e construção de embarcações. A lista tem a presença do EAS, que já conta com uma demanda de dez petroleiros. Juntas, as solicitações so­mam R$ 13 bilhões.

Plataforma

Dois grandes blocos do casco da Plataforma P-55, encomendado pela Petrobras ao Atlântico Sul, serão inçados pelo guindaste Goliath neste sábado. Após ser concluído, o casco precisará seguir para o Estaleiro Rio Grande (RS), que é responsável pela montagem final, além de outras construções da P-55.

Fonte: Folha de Pernambuco/AUGUSTO LEITE

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