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MSC

Estado do ES pode ganhar segunda fábrica de tubos de petróleo

 

Nova planta precisa de mais seis meses para definição de detalhes e escolha de local para instalação


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A empresa Technip do Brasil, que controla a Flexibrás, instalada em Vitória, tem planos de implantar no país mais uma planta industrial para produzir tubos umbilicais. O investimento poderá girar entre US$ 500 milhões e

US$ 700 milhões e já é motivo de disputa por parte do Espírito Santo e Rio de Janeiro, onde a Technip tem operações em Angra dos Reis.

As informações foram divulgadas ontem, pelo presidente do grupo Technip no Brasil, Frèdéric Delormel durante a solenidade de inauguração da linha de produção dos tubos flexíveis destinados aos campos da camada do pré-sal.

"Ainda estamos trabalhando no estudo do projeto dessa planta, que deverá ser um pouco menor do que essa que está instalada na área do Porto de Vitória", explicou Delormel. O executivo afirmou que o grupo Technip não tem nenhum problema ou preconceito em instalar uma outra unidade no Estado.

Durante discurso na solenidade de ontem, o governador Paulo Hartung convidou, oficialmente, e de modo entusiasmado, a multinacional francesa a se instalar do outro lado da Baía de Vitória, na área onde hoje estão instalados o Instituto de Readaptação Social (IRS) e a Casa de Custódia de Vila Velha, na região da Glória, também conhecida como Enseada de Jaburuna, em Vila Velha. Na região já foi demolida a Casa de Passagem.

Depois do convite feito pelo governador, Delormel, acompanhado pelo diretor executivo da Flexibrás, Honório Neves e o secretário estadual de Desenvolvimento, Márcio Félix Bezerra, foi conhecer a área dos presídios, em Vila Velha.

Segundo Honório Neves, a nova fábrica ainda é um projeto que precisa de, pelo menos, mais seis meses para definição de detalhes e escolha de local para instalação. O governo do Rio de Janeiro, segundo o executivo, está fazendo pressão e oferecendo benefícios para que o grupo Technip faça a opção por uma área em Angra dos Reis, onde o grupo tem porto e estaleiro e constrói plataformas.

Tubos flexíveis

A Flexibrás apresentou ontem a máquina projetada e desenvolvida pelos engenheiros da empresa no Rio e em Vitória para a montagem dos tubos flexíveis. Esses tubos são destinados aos poços de produção nos campos do pré-sal, principalmente para o campo de Tupi, na Bacia de Santos.

Antes da inauguração oficial do novo equipamento e dos cabos flexíveis, a empresa já vinha produzindo para a Petrobras, que instalou os equipamentos nos campos de Baleia Franca e Cachalote, onde teve início a primeira produção efetiva no pré-sal no país. No caso de Tupi, os tubos serão utilizados no gasoduto que ligará esse campo ao campo de Mexilhão.

A história da empresa no Espírito Santo

Início

A Flexibrás se instalou em Vitória em 1985, durante o governo de Gerson Camata, e começou a operar no ano seguinte. Até este ano, a empresa, controlada pela multinacional francesa Technip, fabricava tubos umbilicais que são utilizados para levar todo tipo de informações e equipamentos das plataformas até os poços de petróleo.

Produção

Em 1986, a empresa começou a produção com 40 km de tubos por ano. Hoje, a produção é 450 km de tubos por ano produzidos por 1,3 mil funcionários. Os tubos passaram a ser utilizados em poços localizados em regiões de 70 metros de lâmina d1?água para 2,5 mil metros de lâmina dágua.

Umbilicais

Os tubos umbilicais são utilizados para levar das plataformas até os poços - e também no sentido inverso, dos poços para as plataformas - informações, fios com energia, dados hidráulicos e outros.

Flexíveis

Já os tubos flexíveis são utilizados na produção de petróleo e gás ou para injeção de água nos poços. A produção da Flexibrás será destinada à Petrobras e aos campos do pré-sal. A montagem de uma nova fábrica de tubos se deve à demanda crescente, prevista para os próximos anos, para os poços do pré-sal.

Tecnologia

Os tubos flexíveis são produzidos por uma máquina projetada por engenheiros da própria Technip do Brasil e fabricada em Vitória. É única e tratada "como a joia da coroa" por se tratar de uma tecnologia desenvolvida a partir das necessidades encontradas pela Petrobras para iniciar a produção em campos localizados em áreas cada vez mais profundas.

Teste

Para aprimorar a tecnologia dos tubos flexíveis, que têm oito camadas cada um, sendo a primeira de aço, passando por um tipo de plástico especial, isolante térmico e outros materiais, a Flexibrás investiu R$ 15 milhões numa área em Jucu (Viana), para estruturar o laboratório de testes.

Investimento

O investimento da empresa Technip, que controla a Flexibrás, poderá girar entre US$ 500 milhões e US$ 700 milhões.

Fonte: A Gazeta (Vitória) ES

 






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