Máquinas trabalham num terreno encharcado à beira do Rio Itajaí, no Bairro Salseiros, numa área dentro do Terminal Portuário de Itajaí (Teporti). Com 200 mil metros quadrados, o espaço tem as licenças ambientais necessárias e abrigará o futuro estaleiro do grupo italiano Azimut-Benetti, com previsão de conclusão em 2011. Quando pronto, deverá fabricar cem barcos por ano.
A quatro quilômetros dali, um galpão improvisado no Bairro Cordeiros abriga a construção de lanchas de luxo de 43 e 58 pés. Cada uma não sai por menos de R$ 2,2 milhões.
A montagem é tratada como segredo de Estado e não pode ser fotografada de perto.As peças chegam da Itália com indentificação detalhada de quantidade, cor e função, com explicações em italiano e poucas palavras em português. Para que todos se entendam, 58 dos 110 funcionários receberam treinamento na Itália e a maioria faz curso de idioma.
O supervisor de montagem, José Moura, foi um dos que fizeram o curso na Itália, durante um mês. Ele trocou São Paulo por Itajaí.
– Os barcos com que eu trabalhava eram como carros populares. Agora mexo com Ferraris. Na Itália um barco fica pronto em 18 dias e aqui leva 3 meses – destaca Moura.
As primeiras lanchas saem do galpão a partir de março de 2011. A área construída em Itajaí será a maior fora da Itália. Na Turquia, onde a Azimut tem um polo náutico semelhante ao que será implantado em SC, a área é 30 vezes menor.
Um problema ainda é a mão de obra qualificada. Apesar de ter recebido 6 mil currículos, o estaleiro não consegue preencher 42 vagas.
Fonte: Diário Catarinense
PUBLICIDADE