De São Paulo - A OSX pretende financiar até 90% do US$ 1,7 bilhão necessário à construção do estaleiro da empresa no Rio ou em Santa Catarina - o Estado ainda não foi definido - com financiamento do BNDES ou do Banco do Brasil. O empréstimo será feito com dinheiro do Fundo da Marinha Mercante (FMM), fonte de recursos de longo prazo para o setor naval. A empresa já entrou com pedido de prioridade no FMM, disse Roberto Monteiro, diretor financeiro da OSX.
A prioridade é o primeiro passo para obter financiamento no FMM. Depois vem a negociação com um agente financeiro do fundo, sendo os principais o BNDES e o BB. Na prática, se for aprovado, o estaleiro da OSX deve receber financiamento inferior a US$ 1,53 bilhão (90% do total) já que o fundo não financia itens importados. E o estaleiro da OSX terá cerca de 20% dos equipamentos importados.
Monteiro disse que existem mais de 150 itens (equipamentos) definidos para o projeto do estaleiro os quais estão sendo cotados. A especificação dos equipamentos está a cargo da Hyundai, que tem 10% do capital da OSX Construção Naval, uma das unidades de negócios da OSX holding. A parceria com a Hyundai é um dos grandes acordos fechados pela OSX. O outro é um contrato comercial com a OGX. Por esse acordo, a OSX tem prioridade nos pedidos de equipamentos feitos pela OGX. E esta tem preferência de espaço no futuro estaleiro.
Em relação ao local a ser escolhido para instalar o estaleiro - Biguaçu (SC) ou São João da Barra (RJ) -, Monteiro disse que a empresa conduz os dois processos de licenciamento de forma paralela. A empresa deve tomar a decisão sobre o local até o fim do ano e a escolha vai depender das condicionantes feitas na área ambiental.
A holding da OSX teve o capital aberto em março. Cerca de 20% do capital da empresa está em mãos de investidores, dos quais 90% são estrangeiros. Embora a ação tenha caído muito desde a abertura do capital, vem recuperando-se, disse Monteiro. Desde a abertura de capital até ontem, a ação ON da OSX caiu 28,25%. O valor de mercado da empresa situava-se, ontem, em R$ 6,4 bilhões.
(Fonte: Valor Econômico/FG)
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