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Gás caro desequilibra indústria nacional

Amanhã, quinta-feira, comemora-se o Dia da Indústria e, com propriedade, a Federação das Indústrias do Rio (Firjan) levanta o debate sobre a oferta e o preço do gás para as indústrias. Embora alguns analistas procurem minimizar o fenômeno norte-americano que ameaça mudar a realidade mundial, lembra a entidade que a tarifa média do gás é de US$ 17,14 no Brasil e de US$ 4,45 nos Estados Unidos(por MMbtu, a medida técnica do setor). Cita que isso ocorre devido à recente exploração do xisto (shale gas). No momento em que a indústria brasileira sofre o assédio da chinesa – onde se mistura eficiência a subsídios governamentais – aponta a Firjan que, diante do consumo nacional, isso equivale a gasto de US$ 6,6 bilhões por aqui, que nos Estados Unidos seria de US$ 1,7 bilhão, ou seja, paga-se adicional de US$ 4,9 bilhões por ano.

O bem-elaborado estudo chega a detalhar as perdas para uma padaria brasileira, com sete empregados, e para empresa química com 600 colaboradores; seria, respectivamente, de R$ 29,7 mil e de R$ 29,8 milhões por ano. O gás representa 30% no custo da indústria química e 25% no setor de cerâmica. Quando se critica o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por adotar medidas específicas para tentar dar produtividade ao país – como trocar pagamentos ao INSS por percentual do faturamento – se passa por cima de questões como essa, difíceis de ser concretamente resolvidas por um governo.

Todos sabem que os Estados Unidos conseguiram impor uma tecnologia fantástica na recente extração de xisto, mas, com tristeza, o estudo conclui que, mesmo em caso de se atingir preço igual ao norte-americano na produção, a tarifa brasileira ainda ficaria três vezes superior à norte-americana, em razão dos impostos federais – PIS-Cofins – e estaduais – ICMS. E, como se viu na guerra dos royalties, os estados nem pensam em abrir mão de impostos e, quanto à União, com 39 ministérios, certamente não pode nem quer perder receita. Há, portanto, um ciclo perverso difícil de ser vencido.

Monitor Mercantil/Sergio Barreto






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