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Governo pode rever papel da Petrobras no pré-sal

Para reduzir a pressão sobre a Petrobras, o governo avalia duas medidas: mudar a legislação  para desobrigar a estatal de ser operadora e de deter pelo menos 30% de cada poço de  petróleo do pré-sal e aumentar, ainda que parceladamente, os preços dos combustíveis. O  presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, será consultado e poderá dar a palavra  final sobre o reajuste da gasolina e do diesel reivindicado pela Petrobras. O aumento dos  derivados só deve ser aprovado se couber no orçamento de inflação deste ou do próximo ano,  disse uma fonte qualificada do Palácio do Planalto.

O compromisso do BC é entregar, neste ano, uma variação do IPCA (o índice oficial da  inflação) menor que os 5,84% do ano passado e, para 2014, algo abaixo do que for neste ano.  E a presidente Dilma Rousseff não quer comprometer esses objetivos. Já a iniciativa de  mudar a lei, se for concretizada, não será a tempo de incluir a participação no leilão do  campo de Libra, em outubro.

São grandes as pressões da estatal para obter aumento de preços, sobretudo após a mudança  de patamar da taxa de câmbio. Sem a correção e com imensa demanda por investimentos, a  Petrobras ficará em situação difícil e corre o risco de perder o "grau de investimento" das  agências de rating.

A história da inflação no Brasil é rica em exemplos de insucesso nas tentativas de  estabelecer controle de preços. Nos anos 1980, também para segurar os reajustes dos  combustíveis e a inflação galopante, o governo usou a conta petróleo - mecanismo criado nos  anos 60 para equalizar os preços dos derivados no território nacional - para subsidiar a  Petrobras, cujos preços eram tabelados. Essa conta chegou a valores gigantescos e só acabou  no fim dos anos 90, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, que fechou o  "rombo" com a emissão de dívida pública.

Em 2010, a ideia de controlar a inflação represando os reajustes dos combustíveis até  parecia boa. Hoje, o governo admite que está em uma armadilha.

Fonte: Valor Econômico/Claudia Safatle | De Brasília






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