Os benefícios para o Estado não são oriundos apenas da chegada do novo estaleiro. Além de construir os oito navios do Promef, existe a chance de o Promar trabalhar na edificação de 146 embarcações de apoio. O processo licitatório está em andamento na Petrobras. Um dos concorrentes é o consórcio Alusa/Galvão. O grupo também tem a pretensão de erguer um empreendimento no Porto de Suape, mas aguarda as disputas lançadas pela estatal, que incluem as sondas de perfuração para exploração do pré-sal. Outros três estaleiros, ainda “virtuais”, já manifestaram interesse pelo Estado e possuem área definida no Porto de Suape.
“Ficamos alegres não só com os números de emprego e investimentos que vão impulsionar Pernambuco, mas com toda a cadeia de indústria auxiliar e de insumos que chegará a reboque. A STX recebeu o contato de um grande empreendimento holandês (Huisman) que quer trazer uma unidade para o Estado”, contou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. Apesar de o Promar tratar de possíveis 146 embarcações de apoio, o gestor chegou a comentar que as futuras encomendas poderiam resultar na construção de 300 pequenos navios.
Sobre a consolidação da indústria naval do País, o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, recordou os avanços conquistados pela equipe brasileira, que, segundo ele, tem surpreendido mundo afora. “Há sete anos, quando falávamos em construir navios nas reuniões setoriais, achavam que nós éramos ETs ou utópicos. Quando íamos visitar os estaleiros fora do Brasil, éramos recebidos pelo porteiro. Hoje, somos recebidos pelos donos”. No caso do Promar, a maior participação societária é da STX (50,5%), mas a administração fica a cargo da PJMR, que também é sócia do Estaleiro Atlântico Sul (EAS).
Fonte: Folha de Pernambuco
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