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Indústria de óleo e gás na Bacia de Pelotas é tema de palestra

O evento "Perspectivas para o desenvolvimento da indústria de óleo e gás na Bacia de Pelotas", realizado pela Câmara de Comércio do Rio Grande, em parceria com a RBS, teve como palestrante o gerente geral da Spectrum do Brasil, João Carlos Corrêa,ontem, quarta (26).

Na abertura do evento, o presidente da Câmara de Comércio, Renan Lopes, falou sobre a situação do Polo Naval. "Tem 50 mil pessoas envolvidas com o Polo Naval no Brasil, dificilmente ele irá parar. Temos certeza que o Polo Naval não vai parar, as empresas estão trabalhando para reduzir custos", avaliou Lopes, falando ainda que a situação do Polo Naval de Charqueadas foi mais uma decisão política do que técnica.

O gerente geral da empresa norueguesa Spectrum Geo do Brasil Serviços Geofísico (empresa que possui a maior biblioteca do mundo em dados sísmicos) falou aos convidados de forma bastante técnica. Iniciando sua apresentação com um panorama histórico das reservas de petróleo no mundo.

Corrêa revelou que em 2003, o Brasil ocupava a 16ª posição em reservas de petróleo, subindo uma posição no levantamento de 2013. "Descobrimos o potencial mas não estamos explorando", afirmou.

No breve histórico da produção de petróleo no País, apresentado pelo palestrante,  ele citou as primeiras descobertas registradas em 1939, na Bahia, enquanto o monopólio da Petrobras perdurou de 1954 a 1997. “Até 1939 se dizia que o Brasil não tinha petróleo. Graças à insistência de Monteiro Lobato, passou a se acreditar e a Petrobras foi para o mar. Hoje somos o 15º maior produtor de petróleo do mundo e, com o pré-sal, deveremos ocupar as primeiras posições”.

João Carlos Corrêa falou sobre as razões para a exploração da Bacia de Pelotas, situada no Oceano Atlântico, entre a fronteira com o Uruguai e Santa Catarina, ser um sucesso. “Trata-se de uma bacia inexplorada. Somente oito poços foram perfurados e somente um deles atingiu a lâmina d'água superior a mil metros de profundidade. Não tem porque ter preconceito com relação à Bacia de Pelotas. Ela é muito espessa, tem muito sedimento e quanto mais sedimento, mais possibilidades a gente encontra”, observou o palestrante.

Corrêa lembrou que há 120 milhões de anos, o Brasil e a África eram unidos e fez uma correlação entre a Bacia de Pelotas e a Bacia da Namíbia: “Se consegues provar que foi gerado petróleo na Namíbia, prova que pode ser gerado aqui. A área africana é mais seca, aqui é mais água, mais espessa e com mais possibilidade. Na Namíbia furaram três poços, onde encontraram óleo de excelente qualidade. Se a empresa de petróleo não tem evidências da geração de petróleo na bacia, ela não entra e a Bacia de Pelotas foi testada no lado de cá e foi testada na África. Existem vários reservatórios identificados e, por isso, propusemos à Agência Nacional do Petróleo (ANP) a criação de três setores para a exploração”.

Corrêa adverte que parte da Bacia de Pelotas entra no Uruguai: “Se o Uruguai fizer a exploração antes de nós, toda a estrutura que poderia estar locada aqui irá para lá. Este é um risco que corremos”.

O representante da empresa Spectrum disse que o maior obstáculo para iniciar a exploração na Bacia de Pelotas é o licenciamento ambiental, que vem sendo solicitado junto ao Ibama há mais de seis meses. “Tão logo saia o licenciamento, iniciam as operações e nossa expectativa é que elas aconteçam em janeiro próximo”.

Termo de Cooperação

 Após a palestra, o gerente geral da Spectrum assinou  um Termo de Cooperação com a Furg, visando parceria "para realização de pesquisas no contexto das condicionantes ambientais dos levantamentos sísmicos realizados na Bacia de Pelotas". O termo foi assinado pelo reitor em exercício, Danilo Giroldo; do gerente geral da Spectrum, João Carlos Correa; do diretor da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção de Investimentos - AGDI, Aloisio Nóbrega, e do prefeito Alexandre Lindenmeyer. As assinaturas ocorreram durante o evento Tá em Pauta, promovido pela Câmara de Comércio.

Fonte: Jornal Agora (RS)/Fabio Dutra






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