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Indústria de tintas aposta na indústria naval para crescer

SÃO PAULO - A multinacional norte-americana Sherwin-Williams, uma das maiores companhias do segmento de tintas do mundo, está apostando no desenvolvimento da indústria naval no Brasil, principalmente na pintura de navios petroleiros. A confiança neste mercado vem de um recente negócio realizado pela empresa, conta Mark Pitt, o presidente da companhia no Brasil. Segundo ele, a Sherwin-Williams fechou contrato com o Estaleiro Atlântico Sul para fornecer tintas para a pintura de 11 petroleiros nos próximos oito anos.

A companhia norte-americana, que tem valor de mercado de US$ 6,7 bilhões, lidera no Brasil a reabertura deste nicho de mercado, já que ela foi responsável pela pintura do primeiro petroleiro fabricado no País depois de jejum de 13 anos. A embarcação foi construída dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) do governo federal. "O setor público prioriza investimentos na área de distribuição e transporte de petróleo e nós ingressamos há dois anos neste mercado offshore, que é formado basicamente por petroleiros e plataformas."

Com faturamento global de US$ 3,7 bilhões no primeiro semestre, a companhia tem expectativa de crescimento "de dois dígitos em 2010", segundo Pitt. Mesmo sem citar números, Pitt diz que, num horizonte de três anos, a empresa tem crescimento garantido. Em 2009, apenas no Brasil - o principal mercado da companhia fora dos EUA -, a empresa faturou R$ 1 bilhão. "O nosso cliente [neste negócio] é quem explora e transporta o petróleo ", afirma Pitt.

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Indústrias

A divisão de tintas industriais -onde se encontram as tintas navais- responde por 30% das vendas da empresa e vêm de um ano de recuperação depois da crise financeira mundial. "Esta área sofreu muito na crise, mas se recuperou muito fortemente depois do terceiro trimestre de 2009", explica Pitt.

A divisão imobiliária, que a companhia trata por Divisão de Arquitetura, segundo Pitt, manteve um nível de crescimento estável mesmo durante a crise. O varejo responde por 70% dos ganhos da companhia.

O programa do governo que pretende ampliar o número de navios produzidos no País prevê ao todo 49 embarcações nos próximos anos. Segundo a Sherwin-Williams, foram usados 300 mil litros de tinta para pintar o primeiro petroleiro, entregue em maio último.

Mercado

O mercado nacional de tintas, que deve ter um crescimento de 20% em 2010, tem como principal nicho de clientes o mercado imobiliário, que responde por 65% do volume de vendas, seguido pelo mercado automobilístico, segundo o Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp).

De acordo com a entidade, o setor de deve faturar R$ 4,2 bilhões em 2010, valor que supera a marca histórica do setor, que era de R$ 3,7, em 2008. "No primeiro semestre de 2010, nós tivemos um crescimento acima de 20% sobre o mesmo período de 2009", explica Ricardo Stiepcich, presidente do Sitivesp.

Com a perspectiva de crescimento do mercado imobiliário no País, em razão de programas como o "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, o clima é otimista. Até por este motivo, segundo Stiepcich, muitos empresários brasileiros estão buscando ampliar suas alternativas de fornecimento de matérias-primas.

"Está acontecendo uma feira de matérias-primas para o setor de tintas na China e tem muita gente do mercado brasileiro lá", afirma o executivo. Segundo ele, o momento de crescimento e oportunidades do mercado nacional é tão promissor que as empresas têm ampliado o leque de relacionamentos para não perder oportunidades.

"As empresas estão buscando abastecimento, porque não é possível ter problema com os fornecedores locais de matéria-prima: o setor está crescendo, todas as companhias está vendendo e elas não podem ficar sem fabricar", aponta Stiepcich.

Titânio

O dióxido de titânio, um dos principais insumos na fabricação de tintas, deve sofrer aumento de preço a partir de outubro, segundo anúncio da DuPont Titanium Technologies . A empresa, uma das maiores fabricantes do insumo no mundo, anunciou que a partir de 1º de outubro o produto será vendido a US$ 280 por tonelada métrica. O Brasil importa pelo menos 50% do titânio utilizado como pigmento branco nas tintas, segundo Ricardo Stiepcich. "O nosso país não tem autossuficiência em titânio, por isso é um dos itens que mais se importam."

Fonte: DCI/Danilo Sanches



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