A indústria naval pretende criar mais de 400 mil empregos - diretos e indiretos - no Brasil nos próximos três anos. “Nós poderemos chegar a cerca de 48 mil pessoas no total, entre mão de obra direta e indireta”, diz Edmilson Soares Medeiros, responsável pela administração do pólo naval de Rio Grande.
Essa é a previsão da Petrobras para um único pólo naval: o de Rio Grande, no extremo sul do Brasil. E ainda existem vários outros pelo Brasil, no Rio de Janeiro, Vitória, Santos, Recife.
Desde 2003 a indústria naval brasileira vem se recuperando de vários anos sem investimentos, que levou a falência estaleiros e provocou a demissão de funcionários. Novas estruturas estão sendo criadas nos portos e até mesmo novas funções dentro dos antigos empregos, para dar conta do crescimento na área.
Faltam profissionais com nível básico de educação, como soldadores e montadores; para o nível técnico, para operadores de máquinas; e até profissionais de Ensino Superior como engenheiros.
A indústria naval está qualificando profissionais e melhorando a vida de muita gente. Em Rio Grande, no sul gaúcho, o polo naval já emprega três mil pessoas e a expectativa é de que este número dobre até o final de 2012. O desafio agora é encontrrar trabalhadores capacitados para preencher estas vagas. "Nós precisamos de muita mão-de-obra, em todos os níveis. A técnica é a grande demanda, tanto na formação básica, como na média e na superior", afirma Edmilson Soares Medeiros, gerente Petrobras - Pólo Naval de Rio Grande - RS.
No maior polo de desenvolvimento de Pernambuco, e também um dos que mais cresce no país, o Complexo Industrial e Portuário de Suape há uma grande oferta de empregos com bons salários. Há vagas sobrando para topógrafos, com salários que variam de R$ 3.000 a R$ 6.000, e para niveladores, que podem ganhar entre R$ 1.500 e R$ 2.000.
Outro profissional muito procurado é o responsável pela movimentação de cargas com guindastes. O salário pode chegar a R$ 4.500 por mês. Na construção civil há vagas para carpinteiros, marteleteiros - que é o profissional que opera o martelete, a máquina que vibra e perfura o concreto, e pedreiros, os salários são de R$ 1.500.
No Maranhão devem ser criados até 2015 cerca de 240 mil novos postos de trabalho. São obras estruturais, como ampliação e modernização dos principais portos do estado. No pier 4, do Terminal de Ponta da Madeira, principal obra de infraestrutura portuária em execução na América Latina. Foram abertas quase três mil novas vagas de emprego. Parte da mão-de-obra absorvida veio das comunidades do entorno, pessoas que foram qualificadas pela mineradora, dona do terminal. Os salários para técnicos variam de R$ 1.200, a 2.500. Engenheiros em início de carreira recebem em média, quatro mil reais.
Fonte: A Tribuna - Rio Branco
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