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Inhaúma - Estaleiro inicia conversão da P-74

O estaleiro Inhaúma iniciou a obra de conversão do casco do navio Petrobras 74 na plataforma de produção (FPSO) P-74. Essa é a primeira conversão de casco dessa natureza a ser feita no Brasil. Com previsão de término em junho de 2014, a plataforma entrará em operação no pré-sal da bacia de Santos.

A inspeção das chapas do casco e a desmontagem de equipamentos originais do navio serão as primeiras atividades da conversão. A seguir, será feito o reforço estrutural do casco para receber os módulos de acomodação, que terão capacidade para 110 pessoas. Após a conclusão da conversão, o casco será transportado até outro canteiro. A partir daí, será iniciada a etapa de integração dos módulos da planta de processo. Os contratos de construção e integração dos módulos serão assinados até abril de 2013.


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A primeira docagem do navio Petrobras 74 representa o início de uma nova era para o Estaleiro Inhaúma. Na década de 80, ele foi o segundo maior estaleiro do mundo na construção de navios. Porém, devido à decadência da indústria naval brasileira no final dos anos 80 e nos anos 90, o Inhaúma acabou sendo abandonado e deteriorou-se durante mais de uma década sem atividades.

Para atender às crescentes demandas da Petrobras, a companhia arrendou o estaleiro em junho de 2010 e assumiu a sua gestão por um período de 20 anos. Assim, a Petrobras iniciou a reforma do estaleiro e já reconstruiu importantes instalações como, por exemplo, o dique seco. A conversão do navio Petrobras 74 será a primeira grande obra realizada no Inhaúma após a sua retomada.

O navio P-74, hoje um petroleiro do tipo VLCC, deixou no dia 20 de agosto o porto do Rio de Janeiro, onde estava atracado desde sua chegada ao Brasil, em novembro passado, para o estaleiro. Durante as manobras e o transporte até o Inhaúma foram utilizados seis rebocadores.

O Estaleiro Inhaúma ainda receberá as obras de conversão da P-75, P-76 e P-77, também destinadas aos campos da Cessão Onerosa. A Petrobras assinou o contrato de conversão para todas as plataformas em maio de 2012 com o Estaleiro Enseada Paraguaçu, consórcio formado pelas empresas Norberto Odebrecht S/A, OAS Ltda. e UTC Engenharia S/A, e que possuem como parceiro tecnológico a empresa japonesa Kawasaki Heavy Industries. O valor global é de US$ 1,7 bilhão e as obras terão conteúdo nacional de 70%, com geração de cerca de cinco mil empregos diretos.






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