Rio de Janeiro - O modelo norte-americano adotado para as operações e gestão da crise do Golfo do México depois da explosão na plataforma submersível Deepwater Horizon, vai servir como exemplo para o Plano Nacional Brasileiro de Contingência de Derramamento de Óleo. A informação foi dada no dia 30 pela ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixiera.
“Sem a capacidade de resposta norte-americana, a situação no Golfo poderia ser muito pior”, disse a ministra, após assistir, no Rio, a uma palestra do engenheiro Ian Hernadez, diretor técnico de empresa especializada em gestão de crises dos Estados Unidos.
Segundo ela, o grupo que está trabalhando na formulação do plano brasileiro vai se reunir novamente na próxima sexta-feira (6) e deve apresentar uma proposta final em setembro, que represente “uma nova cultura institucional de gestão”.
“Teremos que trabalhar de maneira coordenada e com processos de tomada de decisão inovadores, em particular, naquilo que diz respeito ao que não está autorizado no Brasil, como o debate sobre o uso de dispersantes químicos no fundo do mar e a questão de queima de petróleo [quando ocorrem vazamentos em grande escala], e também a capacidade de mobilização de vários atores e conflitos de competência”, explicou Izabella Teixeira.
Desde maio deste ano, um grupo de trabalho tem se reunido para consolidar regras de atuação na prevenção e o mapeamento dos eventuais riscos em plataformas de petróleo.
A proposta que está sendo consolidada por representantes dos ministérios do Meio Ambiente, da Integração Nacional e da Defesa, vai definir a formação de um gabinete de crise e a regulamentação do uso de novas tecnologias no combate a desastres naturais envolvendo as atividades de petróleo no país.
Fonte: Agência Brasil/Carolina Gonçalves
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