Entidades sociais e sindicais reuniram-se na manhã do último sábado (20), na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá em uma manifestação que reivindica uma maior parcela para o estado dos recursos oriundos da exploração de petróleo na costa do Amapá. O movimento pede a rápida ação de órgãos públicos e privados para investir em mão de obra qualificação e logística, evitando assim que as petroleiras busquem outras regiões para fixar sedes.
Intitulada "O petróleo é nosso", a manifestação aconteceu na Praça da Bandeira e reuniu um grupo de manifestantes, muitos deles ligados a Força Sindical. Em maio de 2013, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) leiloou 14 blocos para exploração na costa do estado, em um total de R$ 802 milhões.
A foz do rio Amazonas no estado tem potencial para descoberta de gás e óleo leve. As empresas vencedoras BP, Total E&P e Queiroz Galvão podem atuar por 27 anos na região.
O promotor do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Moisés Rivaldo, representante do movimento, questiona a lentidão no início das atividades de logística, e critica o fato de o estado do Pará ter se antecipado em conversas com as empresas para sediar as atividades. Caso ocorra, o estado pode perder vários postos de trabalho no setor.
"Essa luta começou antes mesmo do leilão. Naquela época já alertava para o Amapá se preparar para receber a indústria do petróleo, antecipando essas pesquisas, qualificando a nossa mão de obra, formando trabalhadores, ampliando a infraestrutura do nosso estado, principalmente de municípios como Calçoene e Oiapoque, onde esses lotes estão mais próximos. Mais de três anos se passaram e não se fez nada do que foi alertado à época", argumentou.
Em 14 de junho, o governo do Amapá reuniu com representantes das empresas em Macapá para tratar sobre os investimentos das petrolíferas no estado. No encontro, o governador Waldez Góes declarou que o estado vai garantir os subsídios políticos, econômicos e sociais para assegurar a correta exploração do produto, com investimento em obras e adequação na legislação.
Fonte: John Pacheco Do G1 AP
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