A OGX registrou prejuízo líquido de R$ 398,6 milhões no segundo trimestre. O resultado aprofundou as perdas observadas em igual período do ano passado, quando foi apurado prejuízo de R$ 112,2 milhões.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a petroleira de Eike Batista contabiliza prejuízo de R$ 543,4 milhões, frente a um prejuízo de R$ 151,3 milhões observado de janeiro a junho de 2011.
Segundo a empresa, o resultado foi provocado principalmente, pela despesa financeira líquida de R$ 356 milhões. Também contribuíram para o resultado a despesa de efeito contábil de R$ 165 milhões referentes a poços secos e subcomerciais, gastos de R$ 136 milhões com campanha exploratória e despesas gerais e administrativas de R$ 117 milhões.
Dólar
O dólar em alta no primeiro semestre do ano levou a OGX a mostrar fortalecimento da despesa financeira líquida no período - em comparação com uma despesa financeira líquida de R$ 12 milhões no primeiro semestre de 2011.
Segundo a empresa, “essa variação deriva primordialmente de uma apreciação do dólar americano perante o real, que gerou no primeiro semestre de 2012 uma despesa líquida de variação cambial de R$ 339 milhões”, detalhou a companhia, em seu informe.
A companhia informou ainda que essa despesa de variação cambial é quase que em sua totalidade uma despesa não realizada (sem efeito caixa) e decorre de uma “exposição cambial líquida” de US$ 1,7 bilhão.
Entretanto, em seu comunicado, a OGX salientou que, apesar do saldo do passivo em dólares superar o saldo do ativo, optou por não contratar instrumento financeiro de proteção dessa exposição contábil. Isso porque a companhia pretende liquidar esse passivo em moeda estrangeira “através da receita a ser auferida na mesma moeda com a venda do óleo, cuja produção começou em 31 de janeiro de 2012”, detalhou a empresa. Dessa forma, a “exposição cambial líquida” em questão estará protegida por um hedge natural a ser gerado por ocasião da venda do óleo, na análise da empresa.
Fonte: Valor
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