RIO - A diretora de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Solange Guedes, esclareceu que a produtividade nos poços do pré-sal não chegou ao limite, conforme tinha sido mencionado anteriormente na teleconferência sobre resultado da empresa, finalizada no início da tarde desta sexta-feira. Segundo ela, a empresa tem desenvolvido soluções que podem alcançar produtividade ainda maior do que a já observada em alguns poços, que estão produzindo cerca de 40 mil barris/diários de petróleo.
“Quando eu mencionei sobre produtividade do pré-sal, estou me referindo aqui objetivamente a que nós já chegamos a poços que estão produzindo mais de 40 mil barris diários no pré-sal. Temos planejamento de chegar a outras áreas do pré-sal brasileiro em vazões [... ] engenheirando soluções que chegarão a produtividade e produção ainda maiores”, esclareceu a diretora.
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Solange disse estar otimista com a redução dos custos de produção nos próximos anos. Segundo ela, a expectativa é que a entrada em operação de plataformas próprias, a partir do próximo ano, contribua para a redução dos custos. “Em 2017, entrarão unidades próprias [as plataformas replicantes] e isso fala diretamente com nossos custos operacionais e de extração. As unidades afretadas têm impacto direto sobre os custos de extração. Quando estivermos com unidades próprias, esperamos apurar efeitos positivos nos próximos anos”, disse a diretora, durante teleconferência com analistas.
No primeiro trimestre, o custo de extração do pré-sal caiu para menos de US$ 8 o barril de óleo equivalente.
Bacia de Campos
A Petrobras prevê uma taxa de declínio da produção das áreas da Bacia de Campos de 12% a 15% nos próximos anos, afirmou Solange. “Minha avaliação prospectiva é que estaremos nos próximos anos com uma depleção, não ligada a fatores como parada programada, da ordem de 12% a 15%, que é referencial da indústria”, disse a executiva.
A diretora afirmou ainda que a extensão do contrato de concessão do campo de Marlim, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) contribuirá para a estratégia da Petrobras relativa à produção na Bacia de Campos.
Fonte: Valor Econômico/Rodrigo Polito e André Ramalho