SÃO PAULO - Os fornecedores de bens e serviços para a cadeia de petróleo e gás no Brasil terão prioridade de contratação pela Petrobras. A empresa anunciou que destinará um valor anual médio de contratação de US$ 28,4 bilhões (mais de R$ 50 bilhões) a produtos de fabricação nacional, até 2014. Esse montante equivale a 67% do Plano de Negócios 2010-2014 que a empresa divulgou ontem. A previsão do investimento anual é de US$ 44,8 bilhões nos próximos cinco anos, o que leva à soma de US$ 224 bilhões, volume de recursos 20% superior ao do plano anterior.
Dentre as suas áreas de atuação, a estatal manteve a prioridade pela Exploração & Produção, que ficará com 53% do total, o que equivale a US$ 118,8 bilhões. A maior parte desses recursos (US$ 75 bilhões) será aplicada nas áreas que a empresa explora do pós-sal. Por enquanto, o pré-sal será o destino de US$ 33 bilhões. Segundo explicação da estatal, essa divisão de recursos se dá pelo fato de que o aumento da produção brasileira de petróleo até o final desse período ser suportado pelas áreas em que a empresa já atua. Já a participação do petróleo do pré-sal, no total produzido pelo Brasil, passará a ter um aumento depois do período compreendido pelo plano divulgado ontem.
De acordo com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a empresa deverá aumentar a produção de 2,7 milhões de barris equivalentes de petróleo (boe) para 3,907 milhões de boe em 2014, o que representa um crescimento anual de 9,4%. Na previsão do executivo, esse ritmo de crescimento deverá se reduzir para 7,1%, tendo como horizonte o ano de 2020, época na qual a estatal deverá extrair 5,382 milhões de barris de petróleo diariamente.
"Nossa projeção indica uma produção diária de 2,9 milhões de barris em 2014, dos quais apenas 241 mil serão extraídos do pré-sal. Se analisarmos até 2020, essa participação aumentará para 1 milhão de barris" explicou Gabrielli. Se essas previsões se confirmarem, a produção de petróleo da reserva do pré-sal passará de menos de 10% em 2014 para cerca de 20% de toda a produção nacional.
A segunda maior área de investimento é a de refino, transporte e comercialização, que terá aportes de US$ 73,6 bilhões, o que representa 30% do plano. Metade desse valor é destinado à ampliação do parque de refino brasileiro e ao acompanhamento do aumento da produção nacional de petróleo. Com a finalidade de dar suporte a esse aumento, a empresa já faz planos mais longos de contratação. Deverão chegar 53 sondas de perfuração, 84 plataformas e mais de 500 barcos de apoio em 10 anos.
Crescimento
José Sérgio Gabrielli fez questão de ressaltar que essa projeção de produção refere-se apenas às áreas atualmente concedidas à estatal pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com ele, ainda não fazem parte os futuros contratos de partilha que serão assinados nem a parcela de 5 bilhões de barris que o governo transferirá à empresa por meio da cessão onerosa e que integra o processo de aumento de capital.
Por se tratar de uma revisão anual de investimentos, o maior responsável pela elevação dos aportes da estatal veio no item nomeado de Novos Projetos. Essa fatia do plano atual receberá US$ 31,6 bilhões, sendo que deste valor 62% (US$ 19,7 bilhões) serão direcionados à área de E&P, 21% (US$ 6,5 bilhões) para Gás e Energia, outros 16% (US$ 5,1 bilhões) ficarão para Abastecimento e 1% (US$ 300 milhões) para o Corporativo da Petrobras.
Segundo Gabrielli, cerca de US$ 122 bilhões do total do Plano de Negócios 2010-2014 já estão contratados.
Gabrielli explicou que, para alcançar o volume de US$ 224 bilhões, a empresa excluiu US$ 17 bilhões em projetos, reduziu em US$ 6,8 bilhões o valor de investimento com mudanças de cronograma. Do outro lado, aumentou o plano com US$ 19, 3 bilhões originados da mudança de custos e de escopo de projetos - como o que ocorreu com o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) - e outra elevação de investimentos no valor de US$ 10,3 bilhões com mudanças de participação societária.
Recursos
Na opinião do diretor financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa, a empresa precisará captar de US$ 58 bilhões no período compreendido pelo plano. Dentre as opções, estão a emissão de novas ações pela capitalização da empresa ou a emissão de debêntures. Ele disse que mesmo tendo de recorrer ao mercado para obter esses recursos a Petrobras manterá o nível de alavancagem em 35%. "Projetamos um caixa de US$ 155 bilhões após o pagamento de dividendos."
Os fornecedores de bens e serviços para a cadeia de petróleo e gás no Brasil terão prioridade de contratação pela Petrobras. A empresa anunciou que destinará um valor anual médio de contratação de US$ 28,4 bilhões (mais de R$ 50 bilhões) para produtos de fabricação nacional, até 2014. Esse montante equivale a 67% do Plano de Negócios 2010-2014 que a empresa divulgou ontem. A previsão do investimento anual é de US$ 44,8 bilhões pelos próximos cinco anos, o que leva à soma de US$ 224 bilhões, volume de recursos 20% superior ao do plano anterior.
Entre as suas áreas de atuação, a estatal manteve a prioridade na Exploração & Produção, que ficará com 53% do total, o que equivale a US$ 118,8 bilhões. A maior parte desses recursos (US$ 75 bilhões) será aplicada nas áreas do pós-sal que a empresa explora. Por enquanto, o pré-sal será o destino de US$ 33 bilhões. Segundo explicação da estatal, essa divisão de recursos se dá porque o aumento da produção brasileira de petróleo até o final desse período será suportado pelas áreas onde a empresa já atua. Já a participação do petróleo do pré-sal no total produzido pelo Brasil passará a ter um aumento depois do período compreendido pelo plano divulgado ontem.
De acordo com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a empresa deverá aumentar a produção de 2,7 milhões de barris equivalentes de petróleo (boe) para 3,907 milhões de boe em 2014, o que representa um crescimento anual de 9,4%. Na previsão de Gabrielli, esse ritmo de crescimento deverá se reduzir para 7,1%, tendo como horizonte o ano de 2020, época na qual a estatal deverá extrair 5,382 milhões de barris de petróleo diariamente. "Nossa projeção aponta uma produção diária de 2,9 milhões de barris em 2014", afirmou.
Fonte: DCI/MAURÍCIO GODOI
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