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Petrobras estuda corte de 30% dos cargos gerenciais

O Conselho de Administração da Petrobras pretende aprovar até fins de fevereiro próximo o plano de reestruturação interna da companhia, para ser implementado a partir de março. Com o objetivo de ficar com uma estrutura mais enxuta, simplificada e reduzir custos, um dos principais pontos no projeto, que já está recebendo forte oposição entre os funcionários, será a redução de 30% dos cargos gerenciais da companhia.

CONSELHO DISCUTIU MUDANÇAS


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O assunto foi um dos principais temas tratados ontem na reunião do conselho da Petrobras. Mas ainda não foi tomada decisão definitiva. A estimativa de que 2 mil cargos gerenciais serão extintos foi feita com base na informação dada pela Petrobras em setembro do ano passado de que a empresa contava com 7.116 funcionários nestas funções. O GLOBO, em junho do ano passado, antecipou os planos da estatal de cortar os cargos de gerentes.

— O objetivo é tornar a companhia mais enxuta e mais flexível — destacou um executivo próximo à negociação.

Ainda em estudos, o projeto de reestruturação interna da Petrobras avalia, também a criação de cinco vice-presidências sem substituição às atuais sete diretorias. As funções da atual diretoria Corporativa poderão se juntar às atividades da atual diretoria de Governança. A criação de vice-presidências, segundo uma fonte, eliminaria uma série de cargos comissionados. Para este ano a meta da companhia é reduzir os custos operacionais em US$ 6 bilhões, que devem somar US$ 21 bilhões.

NOVA DISCUSSÃO APÓS 30 DIAS NA SETE

Ao mesmo tempo que acontecia a reunião do conselho na sede da Petrobras, no Centro do Rio, outro encontro importante ocorria na sede da Sete Brasil, também no Rio.

Os sócios controladores da Sete Brasil decidiram contra um pedido imediato de recuperação judicial e adiaram por mais 30 dias a discussão sobre o assunto. Durante a reunião, dois cotistas do FIP Sondas — fundo de investimento que detém 95% do capital da Sete — votaram contra a proposta de pedir proteção à Justiça contra credores: Petros e o banco Santander. Além do FIP Sondas, a Petrobras tem outros 5% do capital da Sete Brasil. A decisão dos acionistas será avaliada em Assembleia Geral extraordinária da Sete prevista para amanhã.

O voto que pesou na decisão foi da Petros, que tem 18% de participação no FIP Sondas. A Petros em nota informou que votou contra “porque não recebeu informações que solicitou à companhia quanto a questões que julga relevantes para a sua tomada de decisão.” A fundação destacou que não tem dados como a projeção das necessidades de caixa da Sete mês a mês, a avaliação da companhia e de seus ativos.

Para que o pedido fosse aprovado, teria que contar com o voto a favor de 85% dos cotistas do FIP Sondas. Ao todo, o FIP Sondas tem 12 cotistas. O Santander tem 6% de participação e seu voto, segundo um executivo, não pesaria na decisão.

Segundo um executivo que participou da discussão, o futuro da Sete, criada em 2010 para viabilizar a construção de sondas para o pré-sal no país, continua incerto e à deriva. O problema, segundo essa fonte é que a Petrobras vem dificultando cada vez mais as duas partes chegarem a um acordo em relação à contratação das sondas. Nos contratos originais estavam previstas a contratação de 28 sondas, mas agora, com dificuldades financeiras, atingida pelo escândalo de corrupção da Lava-Jato, a Petrobras vem reduzindo investimentos e projetos. Desde o ano passado vem renegociando com a Sete a redução do afretamento de sondas das 28 originais para apenas 14, das quais seis estão em fase de construção bem adiantada.

Segundo o executivo, durante a reunião desta terça-feira não chegou a ser discutido a questão de negociar com os bancos credores (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú BBA, Bradesco e Santander) o adiamento das dívidas que chegam a US$ 3,6 bilhões.

— Os bancos não querem executar (as dívidas), querem uma solução. O problema é que a Petrobras não demonstra interesse em resolver a questão — disse a fonte.

Ao mesmo tempo existe a hipótese de o Conselho de Administração da Sete ser dissolvido, uma vez que dos 14 membros iniciais, só tem 11. Vários conselheiros manifestaram o interessem em renunciar ao cargo. Se isso ocorrer as funções dos conselheiros terão que ser assumidas pelos diretores da companhia e se convocar nova assembleia para escolher novos conselheiros.

Fonte: O Globo






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