Desapropriação está em curso, e obra de estrada vai começar
Executivos da Petrobras vieram a Vitória no último final de semana para uma reunião com o secretários de Desenvolvimento do Estado, Márcio Félix, e de Linhares, Paulo Medina. Em pauta, o Polo Gás-Químico, um investimento que beira os US$ 4 bilhões (R$ 7 bilhões), que a estatal pretende inaugurar no município do Norte capixaba em junho de 2017.
A maior preocupação de momento são com os acessos ao terreno onde será instalado o complexo, na localidade de Palhal, margem sul do Rio Doce. A área é ligada à BR-101 por uma estrada de terra de 7 quilômetros de extensão. A Petrobras quer que o percurso seja calçado no menor espaço de tempo possível já que as obras de terraplanagem começam em outubro do ano que vem.
Os executivos da Petrobras também ouviram de governo e prefeitura que a desapropriação da área onde será instalado o complexo já está praticamente concluída.
Valeska Caffarena, gerente do Projeto Complexo Gás-Químico de Linhares, garantiu a construção da unidade e explicou o motivo da postergação de dezembro de 2015 para junho de 2017. "Foi apenas uma adequação do empreendimento à realidade. Trata-se de um projeto de grande porte, não daria para entregarmos em 2015. O maquinário que será utilizado dentro da fábrica, de grande porte, vai começar a ser encomendado agora, são 36 meses só para esses equipamentos ficarem prontos".
A gerente ainda mencionou o tempo para o desembolso na explicação. "Antes tínhamos três anos para fazermos um grande aporte de recursos, agora temos cinco. Também adequamos o cronograma ao desembolso previsto", argumentou.
Valeska negou que a unidade de fertilizantes planejada para Uberaba (MG) tenha passado à frente da unidade de Linhares. "Não tem nada disso. A unidade de Minas é muito menor que a do Espírito Santo, só fabricará amônia, por isso, tem condições de sair em 2015. A unidade de Linhares é muito maior, é quase uma refinaria, só dá para ficar pronta em 2017".
O complexo projetado para Linhares produzirá 763 mil toneladas de ureia por ano, 790 mil toneladas de metanol, 200 mil toneladas de ácido acético, 25 mil toneladas de ácido fórmico e 30 mil de melamina. Ele é considerado estratégico porque reduzirá gargalos que prejudicam a agricultura e a produção de biodiesel. Serão consumidos 3,3 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) já foram protocolados no Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e nos próximos dias devem ser marcadas as audiências públicas.
Fonte: A Gazeta(ES)/Abdo Filho
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