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Petrobras paralisa plataforma por problemas de segurança

A Petrobras informou que paralisou há três dias as operações da P-58, plataforma produtora de petróleo da estatal localizada na Bacia do Espírito Santo, cerca de 115 km ao sudeste de Vitória (ES), após a ANP (Agência Nacional do Petróleo) encontrar problemas de segurança no local.

A informação foi divulgada na última sexta-feira (20), e a decisão foi tomada em função de riscos de acidentes.

A plataforma produziu 106 mil barris de petróleo e gás natural equivalente por dia em janeiro, sendo 84% de petróleo, de acordo com os dados mais recentes da ANP.

O volume representou 4,1% da produção total da Petrobras no Brasil naquele mês, colocando a P-58 na quinta posição entre as maiores unidades produtoras da estatal no mês.

A unidade foi paralisada na quarta-feira (18), após reclamações de trabalhadores levarem a uma inspeção pela ANP, segundo informou Davidson Lomba, representante dos petroleiros, na sexta.

O navio-plataforma P-58 recebe o óleo do projeto Parque das Baleias, um grupo de campos na Bacia do Espírito Santo.

O desligamento ocorre pouco mais de um mês após uma explosão matar ao menos sete pessoas e ferir outras 20 em uma plataforma da Petrobras operada pela norueguesa BW Offshore.

A explosão e uma série de acidentes em refinarias têm levado os sindicatos de trabalhadores a atacar o histórico de segurança da empresa.

Segundo a a FUP (Federação Única dos Petroleiros), a pressão de um plano de investimento atrasado de US$ 221 bilhões (R$ 716 bilhões), o aumento da dívida e o escândalo de corrupção obrigaram a Petrobras a parar de trabalhar com fornecedores importantes e levam trabalhadores e equipamentos a operarem no limite.

Trabalhadores da P-58 dizem que a produção começou com sistemas incompletos, obrigando-os a terminar a construção em alto-mar, em vez de em um estaleiro.

"Temos reclamado sobre problemas de segurança desde que a produção começou, mas com os acidentes em outras unidades de produção, a ANP finalmente decidiu inspecionar", disse Lomba.

"Nós finalmente decidimos parar de fazer mais obras de construção na unidade de produção", acrescentou. "Não só é mais caro para fazer o trabalho no mar, mas é mais perigoso."

Em comunicado confirmando o desligamento, a Petrobras disse que a medida foi preventiva e que pretende melhorar a eficiência no plataforma que vinha produzindo há um ano.

A P-58 estava operando com cerca de 60% de sua capacidade projetada, de 180 mil barris por dia, quando a produção foi interrompida, disse Lomba.

Fonte: Folha de São Paulo/DA REUTERS






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