As discussões sobre o reajuste dos combustíveis, que tanto têm prejudicado as ações da Petrobras, bateram em cheio no desempenho dos fundos de ações em dezembro. No acumulado do mês até o dia 13, as carteiras setoriais foram as de maior prejuízo dentre todas as categorias, com queda de 5,44%. É delas também o segundo pior retorno do ano, com queda de 9,35%, atrás apenas dos fundos small caps.
Os fundos setoriais investem em ações de um segmento específico, como construção, energia ou infraestrutura, ou, em alguns casos, em um único papel, como Vale e Petrobras. Foram os fundos que compram papéis da petroleira que pesaram sobre a média no mês. Essas carteiras perderam somente em dezembro, até 13, entre 12,79% e 13,61%.
As ações ON (ordinárias, com direito a voto) da Petrobras perderam 13,48% no período, enquanto as PN (sem voto) caíram 10,93%. A estatal anunciou em 29 de novembro uma nova metodologia de ajuste de preços, mas não detalhou a medida. O reajuste anunciado para os combustíveis também ficou abaixo da expectativa;
Todos os tipos de fundos de ações ficaram no vermelho no período, em que o Ibovespa caiu 4,63%. O menor prejuízo, de 3,45%, foi dos fundos ações livre, que fazem uma seleção de papéis sem se apegar a índices. É deles também o melhor desempenho médio dentre as carteiras de ações no ano, uma queda de 0,39% ante baixa de 17,88% do índice.
Fonte: Valor Econômico/Luciana Seabra | De São Paulo
PUBLICIDADE