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Petrobrás retoma as plataformas gigantes

Estatal batiza hoje, com a presença de Lula, a P-57; há 3 anos, só usa unidades menores
A Petrobrás batiza amanhã sua primeira plataforma gigante a entrar em operação nos últimos três anos. Com capacidade de 180 mil barris de petróleo por dia, a P-57 deve começar a produzir petróleo no Parque das Baleias, porção norte da Bacia de Campos, no litoral capixaba, no fim de novembro. Desde a P-54, em dezembro de 2007, a estatal só vinha colocando unidades menores em operação.

Parte das obras da P-57 foram realizadas no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, onde será a cerimônia de batismo, com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix, a previsão é que a unidade chegue na locação no fim de outubro, com a produção do primeiro óleo em até quatro semanas depois.

"É um momento muito positivo para o Estado. Devemos fechar o ano com uma produção de 300 mil barris por dia e atingir os 400 mil barris em 2011", afirmou Félix. O Espírito Santo é hoje o segundo maior produtor de petróleo do Brasil, com 250 mil barris por dia. Em julho, a Petrobrás anunciou no Estado a primeira produção comercial no pré-sal brasileiro, por meio do navio-plataforma FPSO Capixaba, também na província petrolífera do Parque das Baleias.

A P-57 também produzirá apenas óleo do pós-sal - a unidade foi desenhada antes da descoberta do pré-sal na região. Deve atingir sua capacidade máxima em 2011, contribuindo para o aumento da produção nacional de petróleo, que bateu recorde histórico de 2,078 milhões de barris por dia em agosto, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O crescimento da produção nos últimos anos se deu pela inauguração de plataformas de menor porte, entre 100 mil e 120 mil barris por dia. O FPSO (sigla em inglês para unidade flutuante de produção, estocagem e transferência de petróleo) Capixaba é um exemplo: com 100 mil barris por dia, foi deslocada do Campo de Golfinho, na Bacia do Espírito Santo, para produzir óleo do pré-sal no Campo de Cachalote, no Parque das Baleias.

Nessa lista, pode-se incluir ainda os FPSO Cidade de Niterói e Cidade de São Vicente, que começaram em 2009 a operar nos Campos de Marlim Leste, na Bacia de Campos, e no piloto de Tupi, na Bacia de Santos, respectivamente. A opção por plataformas menores tem por objetivo agilizar o início da produção nos campos considerados prioritários e vem gerando críticas da indústria nacional, uma vez que são unidades geralmente construídas no exterior.

Depois da P-57, a próxima plataforma gigante a entrar em operação será a P-56, também em obras no Brasfels. Também com capacidade de 180 mil barris por dia, a unidade será instalada no Campo de Marlim Sul, com previsão de início de operações em 2011. A P-55, que completa a lista das três grandes unidades em obras, está no estaleiro Rio Grande, e vai para o Campo de Roncador, o maior produtor brasileiro, também na Bacia de Campos.

Royalties. A produção da P-57 vai beneficiar com royalties os municípios do litoral sul do Espírito Santo, como Anchieta e Itapemirim. Segundo Félix, a expectativa é que a arrecadação de Estado e prefeituras ultrapasse R$ 1 bilhão em 2011, por conta do aumento da produção local. Este ano, o valor deve ficar pouco acima dos R$ 700 milhões.


Gigantismo

180 mil
barris diários é a capacidade de produção da P-57

250 mil
barris diários é a produção hoje do Espírito Santo

400 mil
barris/dia é a previsão para 2011

R$ 700 mi
é a previsão da arrecadação com royalties pelo Estado este ano

R$ 1 bi
é a previsão para 2011

Fonte: Nicola Pamplona / RIO - O Estado de S.Paulo



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