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​Petroleira HRT prepara pacote para evitar efeito OGX

A petroleira HRT, fundada pelo geólogo Marcio Mello logo após a criação da OGX, de Eike Batista, prepara um pacote de boas notícias para tentar reverter a crise de credibilidade instaurada após o fracasso de suas primeiras campanhas exploratórias. O pacote deve ser anunciado na próxima semana, quando a empresa divulga o balanço do terceiro trimestre, e inclui negociações para venda de ativos e a conclusão da operação de compra de parte do projeto de Polvo, na Bacia de Campos, além de resultados de um programa de corte de custos. O objetivo é mostrar uma companhia viável, que não corre o risco de chegar ao ponto em que chegou a OGX, obrigada a recorrer a recuperação judicial para sobreviver.

O grande volume de negócios com ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nos últimos dias sugere uma mudança de humor dos investidores. Os papéis fecharam o pregão desta terça-feira em queda de 2,56%, a R$ 0,76, mas acumulam, em novembro, alta de 15% - em seu melhor momento na semana, chegaram a bater R$ 0,86. Os volumes negociados estão bem acima das médias dos últimos meses. Terça-feira, o fundo norte-americano Discovery Capital Management anunciou a ampliação de sua participação na empresa para 11,4%. Há três semanas, outro grande acionista, o fundo Southeastern Asset Management, vendia todas as suas ações na empresa, uma fatia também de 11,4%.

Com poucas dívidas, a HRT precisa apenas comprovar que tem capacidade para transformar seus projetos em fonte de renda, diz uma fonte próxima. Uma das principais operações em negociação é a venda de sua fatia em blocos exploratórios da Bacia do Solimões, no Amazonas, para a russa Rosneft, que já tem metade dos ativos por meio da subsidiária TNK-BP. Os primeiros poços encontraram gás natural nas concessões, cercadas por floresta e sem infraestrutura de transporte do combustível a mercados consumidores.

Outra negociação inclui blocos exploratórios na Namíbia, onde a empresa perfurou três poços, mas não encontrou petróleo em volumes comerciais. A empresa acredita que, apesar do fracasso da campanha, o conhecimento adquirido pode viabilizar a atração de parceiros para novos investimentos na região.

O passo mais importante para o equacionamento das finanças, porém, se dará após a aprovação, pelos órgãos reguladores da operação de compra de 60% do campo de Polvo, na Bacia de Campos, esperada também para a semana que vem. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o campo produziu, em setembro, 11,4 mil barris por dia. Concluída a operação de compra, a HRT fica com 6,8 mil barris, deixando de ser uma empresa pré-operacional para garantir sua primeira fonte fixa de receita.

Desde o início da crise de confiança, a empresa vem anunciando um esforço para comprovar sua viabilidade. Em setembro, vendeu sua companhia aérea, criada para suportar as atividades na Bacia do Solimões e anunciou a redução das atividades na região.

Fonte:Brasil Econômico/Nicola Pamplona  






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