Prejuízo teria sido gerado por obras cujos valores foram superfaturados pelas empresas contratadas
Brasília O superfaturamento de pelo menos cinco obras da Petrobras geraram um custo adicional de R$ 1,4 bilhão, apontam investigações da Polícia Federal (PF). Segundo o órgão, as construtoras envolvidas no superfaturamento participaram, ainda que forma indireta, da elaboração dos editais, de forma a restringir a quantidade de concorrentes e direcionar os vencedores dos certames.
Os documentos da polícia indicam problemas nos empreendimentos: Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba, Unidade de Coque da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e Refinaria do Nordeste, entre outros. Camargo Corrêa, GDK e Queiroz Galvão são algumas das construtoras que participam do conluio, conforme a PF.
A Petrobras negou quaisquer irregularidades nas obras citadas e afirmou que a variação nos preços se deve às diferenças nos parâmetros técnicos utilizados pelos técnicos da PF e o Tribunal de Contas, e os parâmetros dos engenheiros da companhia.
A GDK, que supostamente teria sido paga "por fora" para não participar da segunda licitação de Caraguatatuba, disse que não concorreu porque a Petrobras mudou o escopo da obra, incluindo "novos condicionantes técnicos".
A Camargo Corrêa não se manifestou sobre o assunto. A construtora alega respeito à decisão do Superior Tribunal de Justiça, que determinou a suspensão das investigações policiais sobre a empresa. A assessoria da Queiroz Galvão não localizou nenhum diretor da empresa para comentar o assunto.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
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