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Plano de negócio motiva revisões para Petrobras

O anúncio do novo plano de negócios da Petrobras levou a uma nova rodada de revisão, para cima, das projeções e preço-alvo para as ações da companhia. Apesar de os papéis já terem dobrado de valor neste ano e de analistas ainda terem dúvidas sobre a execução de alguns pontos do plano, a avaliação foi positiva e levou aos ajustes.

Desde o lançamento do plano de negócios 2017-2021, no dia 20, quatro casas de análise - UBS, Raymond James, Credit Suisse e Banco do Brasil - alteraram suas perspectivas para a empresa, sendo uma mudança de recomendação e três elevações de preço-alvo. No início do mês, perspectivas melhores para a empresa também levaram outras casas, como o BTG Pactual e o J.P. Morgan, a revisar suas métricas para a companhia.


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Considerando os relatórios mais recentes de cinco instituições, o novo preço-alvo médio para a ação preferencial é de R$ 18,18, o que representa potencial de alta de 31,3% mesmo após o papel já ter subido 106,7% no ano. No mesmo intervalo, as ações ordinárias acumulam ganho de 78,9%. Grande parte das recomendações para os papéis no Brasil é de compra - apenas o Bank of America (BofA) tem indicação neutra e nenhum analista sugere venda.

No caso dos recibos de ações (ADR) lastreados nos papéis ON da estatal, os mais líquidos na bolsa de Nova York, o preço-alvo médio de quatro casas é de US$ 10,63, o que indica potencial de alta de 11,9%, considerando o fechamento de ontem. O ADR da ON já acumula ganho de 121%, enquanto o ADR da PN se valorizou, no ano, 151,5%. Como a alta dos ADRs é maior que a das ações no Brasil, a maior parte da recomendação para esses títulos é neutra (apenas o BTG Pactual indica compra).

As melhores perspectivas para o desempenho da Petrobras, em especial com a mudança na gestão da empresa, e também para os fundamentos do próprio setor, com preços altos de combustíveis e recuperação do petróleo, explicam os ajustes nas projeções.

"Apesar de as ações terem dobrado de valor, de níveis bastante reduzidos no início do ano, acreditamos que elas ainda não refletem totalmente os fatores significativamente positivos para a companhia", diz o HSBC, em análise da pela analista Lilyanna Yang. Um outro fator é a avaliação de que o atual presidente da estatal, Pedro Parente, tem colocado a companhia no caminho certo ao concentrar esforços na venda de ativos, que vem apresentando progresso, e na redução do endividamento.

"Estamos satisfeitos de ver que Pedro Parente tem escolhido o caminho certo, fazendo a empresa avançar em negociações para vender parte de suas unidades de distribuição e de ativos petroquímicos", diz o BTG, em relatório.

As instituições financeiras destacam importantes passos que a empresa vem dando em direção ao cumprimento do seu plano de desinvestimentos 2015-2016, de US$ 15 bilhões. Para o BofA, a venda de 90% do capital da Nota Transportadora do Sudeste (NTS) para um consórcio liderado pela gestora canadense Brookfield, concluída na sexta, ajuda a melhorar seu perfil de liquidez e caminhar para o controle da dívida. O negócio foi fechado por US$ 5,2 bilhões.

"A venda de ativos traz caixa e reduz a relação entre dívida líquida e Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] no curto prazo e mostra que a diretoria está executando a estratégia do seu portfólio, priorizando ativos com potencial de geração de caixa", afirmam os analistas Rodolfo Angele e Felipe Dos Santos, do J.P. Morgan, em relatório.

Os analistas acreditam que o novo plano deve ser capaz de garantir uma melhora no balanço da Petrobras, com ganhos para os investidores e aumento da eficiência. "Nossa leitura foi de um abordagem viável e racional", dizem Luiz Carvalho, Julia Ozenda e Sean Glickenhaus, analistas do UBS.

Ao mesmo tempo, porém, alguns riscos permanecem no radar do mercado, como em relação ao cumprimento das metas de crescimento da produção combinado com uma redução dos investimentos. Para o BTG, são esses dois fatores que trazem "certo ceticismo" em um primeiro momento, embora todos os números do plano sejam positivos e melhores do que as estimativas do próprio banco e do mercado.

Fonte: Valor






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