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Plataformas paradas afetam produção da Petrobras em março

Após registrar uma queda de 1,8% na produção total de óleo e gás em fevereiro, a Petrobras vem enfrentando algumas limitações operacionais em março, devido a paradas não programadas em suas plataformas. Pouco mais de um mês depois da explosão que matou nove pessoas e que desde fevereiro interrompe as operações do FPSO Cidade de São Mateus, a estatal teve de parar a produção na P-58, também na costa capixaba, por causa de não conformidades na embarcação, enquanto convive com o aumento de denúncias contra as condições de segurança em suas plataformas.

Segundo a Petrobras, a P-58 encontra-se parada desde o dia 18 e em fase final de testes desde sexta-feira (20/03), para retomar a operação. A companhia, contudo, não dá prazos para o reinício da produção na P-58, a quinta maior plataforma em volume de produção do país e que já deixou de produzir cerca de 615 mil barris de petróleo e gerar uma receita da ordem de US$ 30 milhões em sete dias de inatividade, com base na cotação atual do barril Brent, de US$ 55.

De acordo com os dados mais atualizados da Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), a P-58 produziu, em média, 88 mil barris de petróleo e 2,7 milhões de metros cúbicos diários de gás natural em janeiro, no Parque das Baleias, na Bacia do Espírito Santo.

O órgão regulador já emitiu um auto de infração à Petrobras devido às não conformidades identificadas nas condições de segurança da P-58, cujas obras de integração dos módulos foram concluídas pelo estaleiro Honório Bicalho (Queiroz Galvão e Iesa), no Rio Grande (RS) há pouco mais de um ano. A plataforma foi interditada este mês, pouco tempo depois de voltar a operar depois de uma parada programada em fevereiro.

Esta semana, o Deutsche Bank já havia alertado que a parada não programada na P-58 pode durar semanas e congelar 4,1% de toda a capacidade de produção da Petrobras no Brasil. "A paralisação vem em um momento ruim para a estatal, que precisa aumentar a produção para impulsionar o fluxo de caixa livre", cita o analista Alexander Burgansky, em relatório.

Segundo a ANP, a plataforma só poderá voltar a operar depois que a nova visita dos técnicos da agência à embarcação constatar que todas as não conformidades foram integralmente sanadas.

A Petrobras interrompeu a operação da P-58 depois que a ANP identificou uma série de não conformidades na embarcação. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES), que encaminhou à ANP um ofício no último dia 5 de março com uma relação de 48 pendências que comprometiam a segurança dos trabalhadores da P-58, entre elas: as condições de insegurança dos guindastes; risco de queda das luminárias/holofotes; vazamentos de óleo, água e gás; e ineficiência na ventilação e exaustão da praça de máquinas.

"O acidente em São Mateus trouxe à tona uma série de denúncias que vínhamos apresentando sobre as condições de segurança nas plataformas. Num momento de crise, é natural que os órgãos fiscalizem com mais rigor", comenta o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.

De acordo com Paulo Rony, coordenador do Sindipetro-ES, o sindicato já está em contato com a ANP para organizar novas inspeções em outras plataformas. Uma das candidatas, segundo o sindicalista, é o FPSO Cidade de Anchieta.

Em 2014, a Petrobras foi autuada 64 vezes pela Superintendência de Segurança. Operacional e Meio Ambiente (SSM) da ANP e pagou multas no valor de R$ 35 milhões por irregularidades na área de segurança.

Fonte: Valor Econômico/André Ramalho | Do Rio






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