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Polo naval deve contratar mais de 3,5 mil até o final do ano

Até o final do ano, pelo menos mais 3,5 mil vagas devem ser abertas no polo naval de Rio Grande para atender aos 11 projetos de construção e expansão de infraestrutura em andamento. E as oportunidades são democráticas: contemplam desde as carreiras operacionais até as atividades extremamente específicas. Em comum, a necessidade de qualificação que habilite o profissional a trabalhar na área de petróleo e gás.

Com previsão de preencher mais 2 mil postos até janeiro de 2013, a Ecovix — que ganhou a concorrência para a construção de oito cascos que explorarão o pré-sal — pretende dobrar o número de funcionários (atualmente são 3 mil) até 2020. De acordo com Carmelo Gonella, responsável pela Integração e Responsabilidade Socioambiental da empresa, as funções com maior número de vagas são as operacionais.

— Oferecemos ainda plano de carreira e possibilidade de crescimento — salienta Gonella.

A Quip — com quatro projetos em andamento — prevê a necessidade de contratar mais 800 pessoas até dezembro. A maioria dos postos exige habilidades técnicas e práticas.

— Trabalho não vai faltar, temos demanda para mais 20 anos. Mas, como nossos projetos têm início, meio e fim, precisamos de pessoal com experiência — afirma Rita de Cássia Feitas Tacanho, gerente de RH da Quip.

Além dos treinamentos oferecidos pelas próprias empresas, é possível qualificar-se por meio de projetos criados pelo governo federal, como o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em parceria com instituições do Sistema S.

Acompanhando a demanda de capacitação para a indústria do polo naval, o Senai-RS inaugurou em agosto passado as instalações do laboratório de soldagem da unidade João Simplício, de Rio Grande. Segundo José Zortéa, diretor regional do Senai, em dois anos a instituição preparou mais de 7 mil alunos.

Entre eles está Sandro Amaral Corrêa, que iniciou na Quip como terceirizado, trabalhando na construção da P-53. No canteiro de obras, conseguiu uma vaga na empresa para a função de motorista. Hoje, seis anos depois de começar a conduzir carros e vans, pilota um equipamento muito mais pesado: é operador de guindaste. Para isso, incentivado por colegas e pela empresa, realizou um curso de 40 horas no Senai.

— O curso foi fundamental para essa evolução. Aprendemos, na prática, os cuidados que temos de ter no manejo, na amarração de cargas e para fazer os contrapesos — conta Corrêa.

Fonte: Zero Hora / Maria Amélia Vargas






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