O presidente da Petrobras, Pedro Parente, defendeu a votação do projeto que retira da empresa a obrigação de participar, com pelo menos 30%, de todos os consórcios de exploração do pré-sal. A proposta já passou pelo Senado Federal e aguarda análise do plenário da Câmara dos Deputados. "Acho que é uma mudança fundamental para o País e para a empresa. A Petrobras já se manifestou a favor, achamos que o quanto antes isso for feito melhor será porque vai proporcionar melhores condições de competição nos próximos leilões.
O presidente Oswaldo Pedrosa, da Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal que representa a União nos contratos de partilha de produção, engrossou o coro favorável às mudanças nas regras de exploração do pré-sal. Em palestra ontem, o executivo classificou como "sinalização positiva" a aprovação do projeto que retira a obrigatoriedade da Petrobras atuar como operadora única dos campos do pré-sal.
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"Muita coisa ainda precisa ser feita para promover ajustes no arcabouço existente, mas a gente já observa sinalizações positivas. Uma essencial é o fim da obrigatoriedade da operadora única, e isso já está no Congresso para apreciação", afirmou. O executivo também classificou como positiva mudanças nas regras de conteúdo local.
Foi a primeira manifestação favorável ao projeto do executivo. Pedrosa foi indicado para o cargo em 2013 pela presidente afastada Dilma Rousseff, uma das principais articuladoras do atual modelo de operação única da Petrobras. Também o presidente da estatal, Pedro Parente, defende a mudança. A votação do projeto na Câmara deve ocorrer em agosto.
O presidente da PPSA estimou que a produção de petróleo nos campos já conhecidos do pré-sal, como a área de Libra, as áreas de cessão onerosa e seus excedentes, e também os contratos em processo de unitização poderão chegar ao pico de 4 milhões de barris de óleo equivalente por dia "em meados da próxima década". Para o gás, a produção chegaria a 140 milhões de metros cúbicos por dia. As projeções tomam como base o último plano de negócios da Petrobras, para o período 2015/2019, que deverá ser revisto em outubro.
Fonte: Valor Economico