O inferno astral de Eike Batista, controlador do Grupo EBX, pode estar apenas começando. Várias investigações foram abertas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, acionistas minoritários se reúnem para buscar, na Justiça, uma possível indenização por conta das perdas com investimentos nas ações das empresas do grupo.
Podem ser responsabilizados diretores, conselheiros e, principalmente, o controlador - este, também na qualidade de administrador da companhia.
A OGX deve ser, também nesse campo, o maior foco de problemas. Coração do grupo, foi ela que levou as outras à crise de crédito, ao ver naufragar seus negócios e sua credibilidade por conta, aparentemente, da divulgação de informações e projeções otimistas que não se confirmaram. A petroleira tem o maior número de acionistas, cerca de 52 mil.
No caso da OGX, discutes-se particularmente falhas na comunicação com o mercado, que podem ser punidas administrativamente pela CVM. Confirmado esse ilícito, o diretor-presidente e o diretor financeiro ou de relações com investidores, além do controlador, tornam-se alvo das maiores penalidades.
Fonte: Valor Econômico/Ana Paulo Ragazzi | Do Rio
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