Com quase dois anos de atraso, a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) pretende iniciar sua primeira produção de petróleo em águas profundas, no início de 2018, no Campo de Atlanta, no pós-sal na Bacia de Santos. O atraso do projeto, segundo o diretor-presidente da QGEP, Lincoln Guardado, se deve à demora na execução das obras de adaptação do navio-plataforma (FPSO) afretado junto à Teekay Offshore.
A empresa é operadora do bloco e tem como sócios da OGX, que acaba de sair da recuperação judicial, e a Barra Energia. A QGEP é uma empresa do grupo Queiroz Galvão, envolvido nas investigações da Operação Lava-Jato. O executivo garante que os problemas do grupo não afetaram o trabalho do consórcio.
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— Não sentimos reflexo dos problemas da Queiroz Galvão, mas dos ligados ao cenário econômico. Vamos ser a primeira empresa privada brasileira a produzir petróleo em águas profundas — disse, destacando que os investimentos para desenvolver o campo são de US$ 820 milhões.
DÍVIDA DE R$ 60 MILHÕES DA OGX
Segundo Guardado, a empresa tem arcado com a parcela de investimentos da OGX e espera ressarcimento de R$ 60 milhões. A parcela a ser aplicada pela OGX somaria mais R$ 150 milhões até o início da produção. Ainda assim, o executivo afirma que a meta é produzir 20 mil barris por dia com dois poços de petróleo no primeiro trimestre de 2018 e chegar a 30 mil barris por dia com a perfuração do terceiro poço. Com o atraso da plataforma que atuará no campo, a QGEP conseguiu reduzir o afretamento para US$ 410 mil por dia, valor 15% inferior ao custo original.
Fonte: O Globo