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Recuperação no pré-sal perto de 45%

O fator de recuperação dos poços de petróleo do pré-sal pode chegar a 45%, caso a Petrobras obtenha bons resultados com a técnica de injeção de água e gás que está sendo testada pela empresa. A informação é do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. Segundo ele, o fator de recuperação atual dos reservatórios do pré-sal está em torno de 25%. "Nós estamos trabalhando com 25%, mas isso vai depender muito da tecnologia que nós vamos utilizar. Podemos elevar de 25% para 45%, se a técnica de injeção de água e gás for bem-sucedida", disse. Fator de recuperação significa o percentual de petróleo que pode ser retirado de um reservatório. A média mundial varia entre 17% e 20%, segundo o analista do Credit Suisse, Emerson Leite. Esse percentual pode mudar de acordo com a localização das reservas, profundidade do reservatório e até do tipo do petróleo. Sendo assim, ainda que os resultados dos testes de injeção promovidos neste momento pela Petrobras não sejam bem-sucedidos ou que o custo desse processo seja elevado, tornando inviável a adoção dessa prática, as reservas do pré-sal já sinalizam uma produtividade superior em relação ao usualmente verificado no setor petrolífero. O consultor da DZ Negócios com Energia e ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), David Zylbersztajn, considera que o intervalo entre 25% e 45% para o fator de recuperação dos reservatórios, sinalizado ontem por Gabrielli durante evento em São Paulo, "está dentro do tecnicamente aceitável", mas pondera que a Petrobras terá de avaliar os custos das técnicas desenvolvidas. "É preciso ver o custo disso. Às vezes a tecnologia é tão dispendiosa que não vale a pena", comentou. BOLÍVIA. A Petrobras e a estatal boliviana YPFB marcaram para sexta-feira a assinatura de um termo aditivo ao contrato de importações de gás que garantirá à Bolívia um ganho adicional de, pelo menos, US$ 1,2 bilhão até 2019. O acordo confirma a Ata de Brasília, assinada em 2007 pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, na qual o Brasil se comprometia a pagar mais pelas "frações líquidas" do gás boliviano: propano, butano e gasolina natural. Fechado em reunião realizada segunda-feira em Santa Cruz de la Sierra, o acordo prevê o pagamento mínimo de US$ 100 milhões por ano pelas frações líquidas. O extra será pago com retroatividade a 2007 e seguirá até o fim do contrato. Com relação a 2007, o valor será exatamente de US$ 100 milhões, com quitação 30 dias após a assinatura do aditivo. Para os anos seguintes, depende de uma fórmula que será inserida no contrato, informou uma fonte próxima às negociações. A Petrobras preferiu não se pronunciar sobre o tema. A empresa vinha postergando, desde 2007, as negociações com os bolivianos sobre a fórmula para o pagamento das frações líquidas do gás. A Bolívia alegava que o Brasil pagava preço de gás seco por um produto mais nobre, que tem maior poder calorífico e pode servir de matéria-prima para a fabricação de gás de botijão e para a indústria petroquímica, por exemplo. Um observador próximo diz que a Petrobras relutou para chegar a um acordo. O entendimento na empresa é que não há base legal para o pagamento adicional, que poderá ser contestado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). COREIA DO SUL. A Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co. vai construir navios de perfuração para a Petrobras, em um contrato avaliado em US$ 1 bilhão, tornando-se a primeira empresa sul-coreana a obter um acordo com a estatal brasileira, disseram ontem pessoas familiarizadas com o assunto. O negócio pode dar à empresa sul-coreana uma vantagem sobre outros estaleiros em futuras licitações da Petrobras de contratos relacionados às instalações "offshore", como navios de perfuração e navios-plataforma (FPSO, na sigla em inglês), disseram analistas.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ)





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