Montante inclui R$ 439 milhões devolvidos no último trimestre pelas empresas Camargo Corrêa, Novonor (antes denominada Odebrecht) e SBM, bem como colaboração de Pedro Barusco, ex-gerente da estatal
PUBLICIDADE
A Petrobras recuperou aproximadamente R$ 439 milhões, no último trimestre, por meio de acordos de leniência das empresas Camargo Corrêa, Novonor (anteriormente denominada Odebrecht) e SBM, bem como acordo de colaboração de Pedro Barusco, ex-gerente da estatal. Com as devoluções, o montante, transferido para os cofres da Petrobras (incluindo subsidiárias), foi de R$ 6,7 bilhões, incluindo acordos de colaboração, leniência e repatriações. Em nota, a Petrobras informou que os valores decorrem da condição de vítima da estatal nos crimes investigados pela operação Lava Jato, da Polícia Federal.
A mais recente devolução foi a da construtora Camargo Corrêa que ressarciu, em outubro, R$ 235,6 milhões à Petrobras e outros R$ 6,9 milhões à Transpetro, subsidiária da companhia, além dos R$ 88 milhões que já foram pagos anteriormente. O conglomerado Novonor S.A., por sua vez, pagou R$ 71,3 milhões para a Petrobras e outros R$ 728 mil para Transpetro, que representam parte do montante total a ser devolvido, que deverá ser pago por meio de 22 parcelas anuais. Os acordos foram feitos com o Ministério Público Federal (MPF), bem como com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU).
Entre agosto e outubro deste ano, a SBM devolveu R$ 113,7 milhões, aproximadamente R$ 48,7 milhões foram pagos diretamente à Petrobras e outros R$ 64,9 milhões foram abatidos de pagamentos devidos pela estatal ao grupo holandês em decorrência de contratos vigentes de afretamento de plataformas e prestação de serviços. O acordo foi firmado em 2018 com a Petrobras, além da CGU e da AGU. Excetuados os valores ressarcidos nesse último trimestre, aproximadamente R$ 1,1 bilhão já foram devolvidos.
Segundo comunicado ao mercado desta terça-feira (1º), ‘a companhia tem adotado as medidas cabíveis em busca do adequado ressarcimento dos prejuízos que lhe foram causados’. “A Petrobras atua como coautora do Ministério Público Federal e da União Federal em 32 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 90 ações penais relacionadas aos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato", ressaltou a empresa no informe.