No próximo dia 6, a Câmara Municipal estará realizando o "Seminário Indústria Naval do Rio Grande: Uma Visão de Futuro", que terá início às 8h e se estenderá até às 19h. Conforme o presidente da Câmara Municipal e proponente do evento, vereador Delamar Mirapalheta, o seminário tem dois objetivos. O primeiro, é ampliar as informações para a comunidade sobre o Polo Naval e envolvê-la na discussão do assunto. Ele observa que até agora os eventos realizados na cidade foram muito direcionados a empresários e empreendedores, quando o Polo Naval terá reflexos na comunidade como um todo e, no entanto, não há informação formatada para este público.
O segundo é abordar o que significa uma indústria naval, que tipo de empreendimentos envolve e com que magnitude se vai lidar. E, a partir do conhecimento destes dados, debater os impactos socioeconômicos que o Polo Naval vai gerar na região e na vida das pessoas, da cidade. Para fazer um comparativo nesta linha, foi convidado a participar do evento o prefeito de Macaé, Rivertom Mussi Ramos. Isso porque Macaé é uma cidade que tinha em torno de 50 mil habitantes e depois que passou a sediar a Unidade de Negócios da Petrobras na Bacia de Campos, há 35 anos, teve um crescimento inesperado. Hoje tem 210 mil habitantes. "Esse crescimento teve benefícios inegáveis, mas também problemas", salientou.
Mirapalheta lembra que uma grandeza deste porte é prevista para Rio Grande e é necessário se estabelecer critérios para minimizar os impactos, como as demandas na rede de ensino, no sistema viário, na estrutura hospitalar, entre outras. Para discutir todas estas questões, foram convidadas pessoas dos setores relativos às questões a serem verificadas, como um representante da Furg, uma vez que a universidade tem um estudo importante sobre os impactos do Polo Naval. "Vamos olhar esses fatos de um ponto de vista macro. Queremos fazer as pessoas entenderem do que se está falando". O comportamento da indústria naval no mundo, a legislação a ela aplicada e seus benefícios, estão entre os itens a serem discutidos.
A questão da qualificação e do aproveitamento da mão-de-obra local pelas empresas da área naval no Município, "que precisam se comprometer com os trabalhadores que estão se preparando para trabalhar no setor", também será verificado no seminário. Para tanto, foi convidado a participar o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, e caso ele não possa se fazer presente virá um representante do Ministério. "O público-alvo do seminário é a população. Queremos que ela se envolva e compreenda o que está acontecendo no Município, que haverá impactos positivos, mas também teremos uma cidade com mais problemas", explicou o presidente do Legislativo Municipal.
Programação
A programação do seminário terá início às 8h do dia 6, com abertura, credenciamento e entrega do material. A partir das 8h30min, durante toda a manhã, acontecerão palestras sobre "Perspectivas da Indústria Naval do Rio Grande", "Impactos socioeconomicos do Polo Naval", "Competitividade e Infraestrutura do Município e Estado". À tarde, a partir das 14h15min, as palestras serão sobre "Construção Naval no Brasil", "Investimentos da Petrobras no Polo Naval do Rio Grande", "Impacto Social e Urbanístico do Polo Naval - Estudo de Caso", "Legislação Aduaneira aplicada à Indústria Naval" e "Prominp - Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural".
Entre os palestrantes estarão o presidente nacional da Quip, Miguelângelo Thomé, o gerente de Implementação de Empreendimentos da P-55, Francisco Carlos Ramos, o professor Marcelo Domingues, da Furg, o prefeito de Macaé, Rivertom Mussi Ramos, entre outros.(Fonte: Jornal Agora - Rio Grande,RS/Carmem Ziebell)
PUBLICIDADE