Os Estados Unidos conseguiram reduzir em 10% suas importações de petróleo. Como são os maiores compradores do mundo, o fato é fantástico, capaz de impedir maiores altas do petróleo. E os Estados Unidos querem partir para a auto-suficiência energética e pretendem se tornar exportadores. Tudo isso com base unicamente no xisto, pedra localizada no subsolo da qual tanto se pode produzir óleo como gás.
Na década de 70, a Petrobras instalou uma usina de xisto no Paraná, mas o alto custo era um obstáculo. A diferença é que os Estados Unidos não só descobriram enormes jazidas, em diversas partes de seu território, como evoluíram técnicas que tornaram o custo final muito baixo. O gás é tão barato que siderúrgicas chinesas estão se instalando no Mississipi para produzir a baixo custo.
Empresas como a Halliburton estão oferecendo seus serviços, para a extração de xisto, não só no Uruguai, Paraguai e Argentina, como no Brasil, onde há perspectiva de reservas no Sul e no Nordeste.
O xisto é bem mais barato do que o carvão e menos poluente; no entanto, ainda há problema ambiental. Críticos dizem que, no subsolo, o óleo do xisto pode contaminar lençóis de água e as empresas produtoras afirmam que a questão ambiental deverá ser superada, pois cientistas norte-americanos estão em busca de soluções. No mundo de hoje ninguém quer brigar com o ambiente – mas todos precisam de energia.
Informa-se que gás de xisto, no Brasil, poderá ser cinco vezes mais barato do que o atual valor do gás natural. No entanto, ainda há muitos desafios a serem vencidos no mercado interno. Em outubro, haverá leilão de áreas e isso será o primeiro passo para que o Brasil parta para a busca de novas fontes de energia. Afinal, cada dia se precisa mais de energia, embora grupos ecológicos radicais tenham objeções a praticamente todas as fontes; até a energia eólica é combatida por causar possíveis danos a aves, com suas pás ao vento.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
PUBLICIDADE