Navalshore 2024

Tecnologia - Poli/USP desenvolve simulador de manobras

Manobras de atracação arriscadas ou realizadas depois de obras em portos brasileiros já podem ser previstas com exatidão antes de acontecerem na realidade. Isso é possível graças ao Simulador Marítimo Hidroviário (SMH), um sistema 100% nacional, que reproduz no computador condições do mar e outras variáveis de alguns dos principais portos brasileiros, além da situação de embarcações — vazia ou carregada, por exemplo. O equipamento foi desenvolvido por uma equipe coordenada pelo professor Eduardo Aoun Tannuri, do Tanque de Provas Numérico (TPN), laboratório da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Segundo Tannuri, o SMH começou a ser desenvolvido há dois anos, a partir de um outro equipamento, o Simulador Virtual Offshore, criado para treinamento de operadores de navios que atuam em operações de transferência de óleo das plataformas instalados em alto-mar para os navios petroleiros. “Esse novo simulador foi feito para reproduzir as condições de navegação e atracação no que chamamos de águas restritas, ou seja, em canais, portos e rios. O sistema simula toda a manobra de aproximação e atracação do navio no cais”, explica o professor.

Foram desenvolvidos dois equipamentos, que funcionam em salas diferentes. Numa delas, há dez telas, algumas com 46 polegadas. Na outra sala, uma só tela, mas de cinema, com seis metros de largura por dois de altura, e uma réplica de uma cabine de comando. Tanto as telas menores como a grande estão conectadas a um computador potente. “Por meio de modelos matemáticos, o SMH simula ventos, ondas, correntezas e marés. Também é possível simular condições de visibilidade, como neblina, noite, chuva e sol contra o operador, por exemplo. O simulador reproduz ainda o comportamento de vários equipamentos, como rebocadores, leme e motores de propulsão, bússola, conta Tannuri.

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Diferentemente do Simulador Virtual Offshore, que era usado para treinamento de operadores, o SMH já está sendo utilizado para prever manobras reais nos portos. No porto de Tubarão, por exemplo, foi simulada a atracação do maior navio do mundo, o Vale Brasil, antes que ela ocorresse de fato. Também foram simuladas novas manobras nos portos de Suape (PE), Pecém (CE), Itaqui (MA), Rio Grande (RS) e terminais do porto do Rio de Janeiro (RJ), a fim de obter maior aproveitamento deles. O equipamento foi usado ainda para a avaliação da navegação de novos comboios fluviais, que transportarão etanol na Hidrovia Tietê-Paraná.



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