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Tempo de mudanças

Setor de eletroeletrônicos mantém aposta no segmento de O&G, mas cobra atualização de regras - De olho no desempenho da Petrobras, o segmento de eletroeletrônicos dedicado à indústria naval/offshore e de óleo e gás mantém otimismo no incremento das vendas de equipamentos nos próximos anos. Mesmo com a queda nos resultados da estatal em 2013, os fornecedores apostam em treinamentos e em novos produtos e serviços para plataformas e embarcações. Empenhada em desenvolver o setor, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) defende a criação de políticas que beneficiem toda a cadeia produtiva e atualizem as regras vigentes.


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O gerente da regional Rio de Janeiro da Abinee, Paulo Sérgio Galvão, diz que as vendas de equipamentos eletroeletrônicos para o setor naval e de óleo e gás ainda são pouco expressivas. De acordo com a associação, os dois segmentos concentram entre 130 e 150 empresas que representam apenas 2% de todo o faturamento do setor eletroeletrônico. “Em termos financeiros, nossa participação em eletroeletrônicos num empreendimento desses equivale a 3% do investimento. Ainda é pouco significativa em termos de repercussão no negócio”, calcula Galvão.

Ele observa a necessidade de reformulação de incentivos como o Repetro — Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de bens destinados à exploração e à produção de petróleo e gás natural. Segundo Galvão, o regime surgiu quando o barril de petróleo custava US$ 15 e ninguém conhecia o Brasil como produtor de petróleo com possibilidade de negócios. “A realidade de hoje é totalmente diferente e a regra é a mesma daquela época. Não acho que [o regime] tenha que acabar, mas tem que se adequar à nova realidade, mudar as regras do jogo e estender os benefícios a toda cadeia produtiva”, afirma Galvão.

O gerente regional da Abinee diz que há casos de empresas que começam a acreditar que não podem fornecer para área de óleo e gás. No entanto, Galvão ressalta que as empresas de eletroeletrônicos não quebram porque têm boas oportunidades de venda de equipamentos em vários segmentos da economia, como o setor automobilístico.

O diretor da Vision Marine, Celso Pinheiro, avalia que o mercado está estável e ainda não é possível dizer se as vendas vão subir ou cair em 2014. Ele destaca que o ano começou bem, com a contratação de oito embarcações de apoio marítimo anunciada pela Petrobras em fevereiro, no âmbito do programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam). O suporte prestado a empresas de perfuração e de barcos de apoio em Macaé (RJ) também vai bem. E de olho no futuro, a Vision Marine abriu um escritório em Santos (SP) em 2013. “Esperamos ter cada vez mais presença nos novos projetos da Petrobras e do pré-sal, tentando aumentar parcerias e desenvolvendo a parte de treinamento”, projeta Pinheiro.

A Vision Marine representa marcas como a Sperry Marine (radares) e a Navis (posicionamento dinâmico). No final de 2013, a empresa acertou a representação da norueguesa Jotron e já forneceu equipamentos de comunicação interna da empresa estrangeira para o estaleiro Aliança. Entre os principais clientes da Vision Marine estão a Petrobras, Marinha e estaleiros de todo o Brasil, com destaque para Aliança, Ilha (Eisa) e Inace (CE).

O diretor da Radiomar, Edivaldo Sander, acredita que a retração causada pela recuada nos números da Petrobras em 2013 serviu para a estatal reavaliar os contratos e rever alguns procedimentos. Mas também percebe uma nova onda de contratações de navios. “Os eletrônicos seguirão esta tendência de crescimento de mercado”, confia Sander.

Se o cenário internacional ainda se recupera da crise de 2008, o mercado brasileiro está bom para a filial da Japan Radio Company. A JRC Brasil vem crescendo média de 15% ao ano, enquanto os negócios permanecem estáveis a nível global. Fundada em 1915, a empresa se estabeleceu em 1975 no Brasil e fornece equipamentos para uso em terra e mar. A subsidiária da empresa japonesa, que fornece equipamentos para comunicação interna e externa, continua enxergando boas oportunidades na área naval e offshore.

— A JRC veio do high sea e, de um tempo para cá, começamos a focar em offshore. A eletrônica nas atuais embarcações offshore é tão ou até mais alta que embarcações de alto-mar. Vamos focar nas novas construções e, para atender às urgências, estudamos ter um depósito — revela o diretor vice-presidente da JRC do Brasil, Carlos Eduardo Lito. Ele acrescenta que a empresa está com bastante demanda para retrofit.

A Raytheon Anschuetz do Brasil é outra que acredita no mercado offshore. Para a empresa, o segmento continuará crescendo com os investimentos do Brasil e países vizinhos, mas não só na construção de embarcações comerciais como também as militares. A empresa tem como principiais produtos agulha giroscópica e piloto automático. “Continuaremos desenvolvendo a linha de produtos da Raytheon no mercado brasileiro. A crescente demanda pode nos auxiliar no aumento das vendas de nosso ECDIS (carta náutica eletrônica), radares e outros itens”, planeja o diretor da empresa, Paul Robbe.

A Radiomar é especializada em equipamentos de comunicação e navegação e atualmente mantém maior atividade na venda para navios de apoio à produção de petróleo, tanto em retrofit, quanto em novas construções. A empresa é outra que tem apostado em serviços e investido em treinamentos. “Estamos crescendo cada vez mais na parte de serviços. A filial de Santos já conta com três técnicos e está crescendo na participação de faturamento do grupo”, comemora Sander. A empresa possui 20 técnicos e engenheiros em todo o Brasil.

A Radiomar representa as marcas Furuno, SeaTel, Orbit, KVH e se tornou centro de serviço para a Hatteland (fornecedor de monitores LCD para fabricantes de eletrônica naval) e para Raytheon Anschuetz (giro, piloto, ECDIS e radares IMO). Sander adianta que em breve a empresa prestará assistência técnica para novas marcas.

A Furuno promete para 2014 radares Banda-S, com novos transmissores. O equipamento é importante como radar secundário, pois permite uma visualização com qualidade superior aos modelos Banda-X, em casos de mau tempo. Segundo o diretor da Radiomar, apesar de mais caros, os novos transmissores diminuem o custo de manutenção ao longo do tempo.


O que ainda desanima os fornecedores são os altos impostos de importação e venda no Brasil, bem como a isenção deles para armadores e estaleiros. Robbe diz que a Raytheon Anschuetz enfrenta dificuldades para importar e armazenar peças sobressalentes ou produtos com tecnologia estrangeira no Brasil. Ele conta que, muitas vezes, as encomendas brasileiras são enviadas para a empresa no exterior para reduzir os custos.

Sander considera injusto o fato de a estrutura fiscal brasileira não permitir competitividade com as empresas estrangeiras, tanto nas vendas externas quanto nas vendas dentro do Brasil. Ele diz que o custo com importação de equipamentos e peças de reposição continua muito alto devido à quantidade de diferentes impostos e à forma complicada de calculá-los. “A burocracia e a carga tributária disfarçada em uma quantidade e complexidade absurda de impostos estimulam a evasão de divisas, pois os armadores, estaleiros e a própria Marinha buscam fornecedores no exterior para diminuir seus custos”, afirma.

Robbe considera um estoque no Brasil importante para a Raytheon conseguir atender prontamente as embarcações. No entanto, o trâmite para importação é muito dispendioso, não só no sentido financeiro, mas também com relação ao tempo levado para que o processo seja concluído. “Existem muitas etapas a serem cumpridas até que os equipamentos possam ser legalmente vendidos no Brasil, o que dificulta a montagem de um estoque no país”, explica Robbe.

A Raytheon ainda estuda a possibilidade de implantar uma planta no Brasil para fabricar, por exemplo, sistemas de console. A empresa analisa a demanda brasileira e qual a principal tecnologia de produto a ser implantado no Brasil para atender melhor aos clientes e requisitos do conteúdo local. Hoje, os consoles são fabricados no Brasil através de empresas parceiras e terceirizadas que possuem maquinário e conhecimento no setor. Os principais equipamentos eletrônicos a serem instalados no console continuam sendo fabricados na fábrica da Alemanha.

A JRC observa que o custo do serviço no Brasil continua mais caro que na maioria dos países. “Temos que pagar muitos impostos e encargos para ter material estocado. É muito desagradável ter estoque de material e só poder oferecer para o cliente um preço três vezes maior que o preço de origem”, descreve Lito. Além disso, ele aponta que o tempo para a liberação do material e entrega a bordo é enorme no Brasil. A Receita Federal precisa enviar um fiscal para levar o material a bordo.

Lito conta que 90% das reclamações dos clientes estão relacionadas aos valores do bem. Ele atribui essa avaliação à realidade de preços que os armadores estrangeiros estão acostumados no cenário internacional. Cita uma emergência em Ponta da Madeira, em São Luís (MA), quando uma correia dentada da antena do radar apresentou problema. Por conta dos impostos, o custo desse equipamento passou de US$ 8, na origem, para cerca de US$ 700 no Brasil.

Essa é uma das razões para a JRC ainda não ter um depósito com radares e outros equipamentos no Brasil. Para tentar minimizar essas despesas e se tornar mais competitiva, a empresa está investindo cerca de US$ 100 mil para implantar um sistema de gestão empresarial (ERP, na sigla em inglês). O ERP permite organizar processos, definir investimentos e acompanhar custos de projetos, acelerando a tomada de decisões.

A implantação é parte do processo para habilitar a empresa a requerer posição de armazém consignado, a exemplo do que acontece no setor de aviação. O equipamento consignado fornecido como material em via de trânsito pode ser vendido com um preço mais competitivo. “O ERP será implantado em 2014. A ideia é tentar estabelecer um depósito para esses equipamentos até o final de 2015”, projeta Lito.

Pinheiro, da Vision Marine, vê na taxação alta comparada aos preços internacionais e na ausência de economia de escala de motivos suficientes para impedir a ampliação de investimentos. Ele ressalta que, ao contrário do câmbio, esse é um assunto interno do país que podia estar na pauta. “Se conseguirmos controlar a taxação, diminuindo e fazendo acordo com fabricante local, alguns fornecedores locais poderiam até se tornar exportadores competindo lá fora e não o contrário”, diz Pinheiro.

Ele observa a entrada de novas empresas estrangeiras no Brasil e suas necessidades de conhecer as regras internas. Frisa que existe um tempo de maturação para que essas empresas, tradicionais no exterior, entendam os desafios. “Percebemos que tem muita gente chegando. Nunca o mercado esteve tão povoado de fornecedores. Será necessária uma maturação para entender como o país funciona, as dificuldades comerciais e impostos”, analisa o diretor da empresa, desde 1975 no setor.

Para a Vision Marine, apesar da exigência de conteúdo nacional nas embarcações, falta uma política para motivar pequenos e médios empresários a desenvolver o trabalho no Brasil com a experiência e o conhecimento que já têm. “Senão o estrangeiro chega aqui com dinheiro, faz o que quer e, quando o mercado quebra, ele vai embora”, pondera.

O diretor de gestão da Ulstein Belga Marine, André Britto, enxerga uma demanda reprimida no mercado que pode ser revertida quando houver mudanças na política de construção naval, com mais estaleiros e menos impostos. “Os altos impostos para os equipamentos eletrônicos acabam dificultando as vendas diretas de produtos no mercado local. Nos últimos anos, não tivemos nenhuma redução de taxas ou benefícios do governo para nosso setor”, lamenta Britto.

Uma das apostas da Ulstein Belga Marine é o fornecimento das ECDIS que, a partir de 2014, se tornarão obrigatórias para a maioria das embarcações. A empresa também seguirá dedicada aos cursos oferecidos em seu centro de treinamento. Alguns deles são destinados à reciclagem dos operadores de equipamentos de marcas representadas pela empresa, como Furuno, Danelec e PC Maritime.

A Abinee também cobra políticas que estimulem o conteúdo local por sistemas e famílias de produtos. Galvão bate na tecla, como de resto todos os fornecedores locais, que pelo modelo atual é mais fácil para os estaleiros e EPCistas comprarem projetos com pacotes fechados que já venham com os equipamentos pré-definidos e financiamento das agências de fomento dos países de origem. “Fica difícil quebrar essa sistemática, se não houver uma política de incentivos e, de alguma forma, certa obrigação para comprar localmente”, analisa Galvão.

A partir da sétima rodada de contratações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a medição de conteúdo local precisará ser feita por família de produtos ou sistemas. Apesar de a 7ª rodada ter sido realizada em 2005, as compras de equipamentos ainda não começaram de uma forma sistemática. A nova regra define a necessidade de comprovação, por exemplo, de 70% de conteúdo local no sistema de automação. Hoje, essa medição é calculada pelo total do empreendimento. Sendo a participação de eletroeletrônicos pequena, a quantidade de aço e serviços garante o atendimento do percentual exigido.

Na medida em que o governo não exige o conteúdo local de sistemas e famílias de produtos para projetos na área naval, Galvão estima que o setor de eletroeletrônicos deva continuar a fornecer em pequena quantidade para esse segmento. Ele conta que existem apenas iniciativas isoladas de alguns estaleiros que negociam e conseguem viabilizar o fornecimento local.

O gerente regional da Abinee acredita que, se a medida fosse aplicada na área naval, forçaria o incremento da cadeia no Brasil, com geração de empregos e renda, mais investimentos em P&D e inovação tecnológica. Entretanto, Galvão reconhece que seja mais prático e seguro para os estaleiros adquirir os pacotes fechados oferecidos pelos projetistas estrangeiros. “Se fosse daquela área (estaleiros), pensaria nisso também: é mais fácil como gestor de empreendimento comprar pacote fechado e só instalar do que comprar sistemas e famílias de produtos e ainda gerenciar compras”, compara.

Apesar disso, a Abinee enxerga potencial nas empresas brasileiras e defende políticas voltadas para esse desenvolvimento. Galvão cita que a Petrobras resolveu quebrar um pacote desses ao comprar sistemas de automação para plataformas replicantes. A estatal contratou a gaúcha Altus, que fornecerá equipamentos para seis plataformas, com índices progressivos de conteúdo local a cada nova unidade.

A Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav) aponta os eletroeletrônicos como itens básicos dentro dos sistemas de controle. O presidente da associação, Augusto Mendonça, destaca que existe um volume considerável de eletrônica nas embarcações de apoio. Essas embarcações possuem posicionamento dinâmico, são guiadas por GPS e automatizadas. A tecnologia abrange toda parte de controle de embarcação: geração, propulsão e guincho.

Mendonça explica que uma plataforma de produção offshore possui, em média, 800 pontos controlados. Na sala de comando da plataforma, os operadores lidam com mais de 800 equipamentos. É uma planta totalmente automatizada e o sistema é redundante, onde qualquer erro pode causar problema em cadeia. “Toda eletrônica interna do equipamento precisa estar preparada para receber um controle de fora. A parte eletroeletrônica tem uma importância muito grande dentro do sistema”, destaca Mendonça.

Lito, da JRC, destaca que as plataformas offshore possuem quase a mesma quantidade de equipamentos que navios de grande porte. E acredita que a compra de alguns equipamentos representa um custo pequeno em relação ao preço de uma plataforma, além de diminuir o risco de custos altos de perdas de cargas. Uma das soluções oferecidas pela JRC à Petrobras permite o monitoramento meteorológico através de radares. Segundo Lito, o equipamento monitora a proximidade e a intensidade de chuvas e ondas num raio de 80 quilômetros. O radar é comum na Ásia por conta de tsunamis e pode orientar a paralisação ou não das operações, de acordo com os riscos. Ele calcula que uma plataforma custa, em média, US$ 500 milhões, ante um gasto de US$ 300 mil a US$ 500 mil com essa solução.

Lito confirma ainda o fornecimento de equipamentos eletrônicos de navegação e de comunicação interna e externa para 10 navios da Transpetro previstos pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Outros cinco ainda podem ser confirmados.

O Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro prevê a encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros nacionais, com investimento R$ 11,2 bilhões. Das embarcações encomendadas, sete já foram entregues à Transpetro: os navios de produtos Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda, Rômulo Almeida e José Alencar, construídos pelo Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), e três suezmax, João Cândido, Zumbi dos Palmares e Dragão do Mar, entregues pelo EAS, em Ipojuca (PE).

A tecnologia a bordo dos navios da Transpetro conta com novo conceito de passadiço, que concentra as informações em estações de trabalho interligadas. De acordo com a Transpetro, esse sistema permite mais agilidade e segurança na tomada de decisões aos oficiais de náutica, integrando em telas LCDs com as funções carta eletrônica (ECDIS), display de informações de navegação, estação de planejamento, navegação automática e manutenção de curso e sobreposição de vídeos e sensores.

Os motores principais dos navios da Transpetro encomendados pelo Promef contam com sistema de controle totalmente eletrônico, utilizando microcontroladores interligados em rede. Segundo a companhia, a tecnologia possibilita elevado grau de redundância e continuidade operacional do equipamento no caso de falhas. “Os motores possuem controle eletrônico de injeção de combustível e abertura/fechamento de válvulas de descarga de gases. Além disso, é um motor mais eficiente, menos poluente e mais econômico”, explica a área técnica da Transpetro.

Mendonça, da Abenav, avalia que o mercado offshore está aquecido e deve continuar assim por 50 anos. Ele ressalta que, independentemente do planejamento, são as reservas de petróleo que garantem a solidez do mercado. Entretanto, Mendonça reforça que os eletroeletrônicos são um produto que ainda precisam se desenvolver bastante no Brasil. Ele lembra que o país começou a ter suas primeiras fábricas de componentes há pouco tempo. “É um passo importante que o país está dando”, acredita.

Uma das associadas da Abenav, a Altus, está trazendo uma fábrica de componentes para o Rio Grande do Sul. A empresa gaúcha tem se destacado no fornecimento de sistemas de controle e monitoramento das plataformas.

Para Mendonça, o governo não se interessa apenas pelo conteúdo local. Ele percebe, desde o edital da partilha do campo de Libra, uma atenção diferenciada para a parte de inteligência. “Engenharia básica tem que ser feita no Brasil. Começamos a ter um desenvolvimento de inteligência no país. Temos um bom percurso pela frente, mas esse é o caminho”, diz Mendonça.

Galvão, da Abinee, destaca que a curva de aprendizado mostra nossa capacidade de atender às expectativas do mercado. “Não estamos muito distantes. É preciso ter abertura com estaleiros para negociar. Senão, eles ficam numa postura mais cômoda de comprar pacotes fechados e continuar trazendo tudo de fora. Eles tiveram esse benefício, o restante da cadeia não tem. Se os benefícios fossem estendidos à cadeia, estaria todo mundo atendido e seria interessante para os estaleiros também”, defende.

Já Lito, da JRC, observa dificuldades na integração de componentes eletroeletrônicos. Ele lamenta que esse problema seja comum no Brasil, por exemplo, pela saída de empresas do mercado. “A empresa sai e como o cliente vai substituir um produto que comprou dela? Quando vai garantir a qualidade e a performance do equipamento?”, questiona. Ele argumenta que equipamentos fornecidos pela JRC no final da década de 1978 e recentemente desativados ainda estavam funcionando em bom estado. “Quando a empresa integra e fabrica, é o melhor dos mundos. O cliente garante produtos sobressalentes por 10 a 15 anos depois que o material for descontinuado”, garante Lito.






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