RIO DE JANEIRO - A companhia gigante do setor de petróleo e gás Transpetro assinou com o Estaleiro Eisa e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) os contratos sobre a área de financiamento para a construção de quatro navios do tipo Panamax, que fazem parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).
A partir dessas assinaturas, esta semana o Eisa dará início à execução dos contratos de R$ 856 milhões, para construir os quatro navios.
A entrega do primeiro Panamax, com capacidade para 70 mil toneladas de porte bruto e 500 mil barris de capacidade de carga, deve acontecer até o final de 2012; as demais embarcações serão entregues ao longo de 2013. Para a construção dos navios, está prevista a geração de quatro mil novos empregos diretos. Dentro do Promef, este é o terceiro estaleiro a firmar contrato com a empresa, o que permite a liberação dos recursos financiados.
O Estaleiro Atlântico Sul (Suape -PE) já assinou contratos para 15 navios com a Transpetro, e o Estaleiro Mauá (Niterói -RJ), assinou para quatro. As premissas fundamentais do Promef são a fabricação das embarcações no Brasil, com conteúdo nacional de 65% (primeira fase) a 70% (segunda fase), e a competitividade internacional dos estaleiros depois da curva de aprendizado.
O programa foi um dos principais responsáveis por revitalizar a indústria naval brasileira, tendo gerado 15 mil empregos diretos no País, número que deve chegar a 40 mil dentro dos próximos anos.
Lançado em 2004, o Promef prevê a construção de 49 navios, agregando quatro milhões de toneladas de porte bruto em transporte marítimo. Já foram assinados contratos para a construção de 33 navios, cujas obras somam US$ 3,9 bilhões. As duas primeiras embarcações do Programa de Modernização e Expansão da Frota serão lançadas ao mar neste primeiro semestre: uma delas será um navio Suezmax, no Estaleiro Atlântico Sul, e a outra será um navio de produtos, no Estaleiro Mauá.
Com o programa da Transpetro, o Brasil já tem a quinta maior carteira mundial de encomendas de petroleiros. A escala gerada pelo Promef atraiu novos investidores para o setor naval, dinamizou a indústria de navipeças e está estimulando a construção de estaleiros de reparos no Brasil.
Fonte: DCI/Agência Estado
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