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WISTA Brasil nomeia representantes para triênio 2022 -2024

A nova gestão pretende dar continuidade a projetos de divulgação de oportunidades profissionais com vista à ampliação da diversidade na indústria marítima.

Durante Assembleia Geral Extraordinária, realizada no último mês, foram apresentadas as novas representantes do Comitê Executivo da WISTA Brasil (Wonmen’s Internacional Shiping & Trading Association), que irão liderar as atividades do Triênio 2022-2024. Foram nomeadas para ocupar as funções de presidente e vice-presidente, respectivamente, Flavia Bigi Maya Monteiro, da Log-In e Luciana Guerise, da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP).


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A WISTA é uma associação internacional sem fins lucrativos que tem atuação no Brasil desde 2016. A entidade busca fomentar a troca de conhecimento e incentivar o desenvolvimento da carreira profissional dentro da indústria marítima, com vista à ampliação da pluralidade de gênero, raça, idade e credo.

“Acreditamos que um dos pilares para acentuar a curva de incremento da diversidade no setor marítimo e portuário seja a atração de talentos. Para isso, é importante que a sociedade, mas principalmente mulheres, enxerguem o setor marítimo como uma oportunidade de carreira”, disse Flavia.

De acordo com ela, atualmente a WISTA vem se aproximando de vários projetos como a Dream, Learn, Work, ONG criada por empresas Norueguesas para desenvolver a educação de jovens hipossuficientes. Além disso, a associação oferta premiação a alunas que obtêm melhor classificação na conclusão do curso de formação de Oficiais de náutica e de máquinas da Marinha Mercante.

Flavia afirmou que a nova gestão tem como um dos propósitos dar continuidade a esse trabalho, promovendo cada vez mais o setor através de ações de divulgação em universidades, instituições de ensino, para apresentar as oportunidades de trabalho para as futuras gerações. Realiza também atividades que integrem a comunidade como, por exemplo, a iniciativa do ‘Observatório do Porto’ que visa à integração cidade-porto e o ‘Porto que te quero Perto’, ambas capitaneadas por mulheres do setor, “trazendo a diversidade e inclusão ao mesmo tempo em que divulga a maritimidade”, frisou.

Segundo a presidente, dados da Organização Marítima Internacional (IMO) demonstram que dos 1,2 milhões de empregados no setor marítimo no mundo, apenas 2% desse total são mulheres. E desse pequeno percentual a maioria está empregada em navios de cruzeiros e áreas administrativas. Já no Brasil, o setor marítimo apresenta as mesmas características. Na Marinha apenas 11% são mulheres, sendo apenas dois almirantes. Na praticagem, das 623 licenças apenas 13 são mulheres e na Escola de Formação da Marinha Mercante (EFOMM), 29% dos formandos são mulheres.

“O quadro não vem mudando, mas ele deve mudar. E mudar é fazer a sociedade enxergar que diversidade não é um assunto apenas para mulheres, negros ou outros grupos minorizados. Todos devem fazer parte do debate, e buscar soluções para o incremento da diversidade. A nossa sociedade é diversa, e o setor marítimo deve refletir tal diversidade em suas estruturas e posições de poder”, ressaltou Flávia.

Ela acredita, porém, que existam diversas formas positivas de acelerar a equidade de gênero na indústria marítima. Segundo ela, muitas empresas, por exemplo, vêm optando por priorizar, em determinadas circunstâncias, a contratação ou promoção de mulheres como forma de equilibrar décadas de desigualdade. “Mas desde que tais pessoas, claro, atinjam os critérios de qualificação esperados. É fundamental que tais mulheres também tenham mérito.

No entanto, ela destacou que, segundo a consultoria McKinsey, embora o percentual de mulheres na atividade marítima e portuária seja baixo, o nível de qualificação delas é mais elevado se comparado aos homens. Muitas profissionais estão em níveis de qualificação de mestrados e doutorados.

Desse modo, a WISTA apoia qualquer iniciativa de aceleração da diversidade, assim como o debate acerca de tais iniciativas. “Não acreditamos que exista uma fórmula pronta para a promoção da diversidade, mas acreditamos no debate e em ações efetivas que se adequem a realidade de cada instituição”, disse Flávia.

 






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