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800 barcos lagosteiros serão monitorados no Estado

Aparelhos ligados via satélite serão emprestados aos pescadores cearenses pelo MPA. Os usuários serão os responsáveis pela manutenção dos equipamentos
Aparelhos trarão segurança na navegação, ajuda na busca de barcos desaparecidos e combate à pesca predatória
A pesca da lagosta, cujo início ocorre em 1º de junho, será monitorada, via satélite, pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) a partir deste ano. No Ceará, cerca de 800 embarcações entre 10 e 15 metros de comprimento receberão equipamentos custeados pelo governo federal, os quais vão fiscalizar a pesca do crustáceo e oferecer mais segurança aos barcos. De acordo com Melquíades Ribeiro Carneiro, superintendente do MPA no Estado, o programa de monitoramento por satélite deveria ter sido implantado em 2007. Entretanto, houve atraso por conta de divergências entre pescadores e governo, que queria que a aparelhagem fosse adquirida pelos próprios trabalhadores. Agora, a aquisição será feita pelo próprio MPA, que emprestará o objeto aos pescadores, os quais serão responsáveis pela manutenção.
"Essa aparelhagem vai permitir uma maior segurança na navegação. Temos muitas dificuldades na busca de embarcações que desaparecem. Além disso, vai ajudar no ordenamento do setor pesqueiro, combatendo a pesca predatória", explica Melquíades Ribeiro Carneiro.
O equipamento também possibilitará que o ministério controle a distância para a prática da pesca, que deve ser executada a quatro milhas da costa. "Ao invés de correr atrás do predador, estaremos controlando tudo através do monitor. Com isso, poderemos verificar também quem estiver pescando durante o defeso", afirma o superintendente do MPA.
Outras 1.114 embarcações que possuem permissão para pescar lagosta no Ceará permanecerão sem o monitoramento. Como o aparelho só será instalado em barcos entre 10 e 15 metros de comprimentos, barcos menores, como as jangadas, ficarão sem o suporte. Ainda em licitação, a compra dos equipamentos e instalação nos barcos, ao custo aproximado de R$ 3 milhões, deverá ocorrer, segundo Melquíades, em até 150 dias. Está em análise, pelo Sub Comitê Científico da Lagosta, em Brasília, a solicitação de empresários e armadores para que o período de pesca da lagosta comece 15 dias antes do fim do defeso, ou seja, a partir de 15 de maio. A demanda foi feita porque, segundo os interessados, com a antecipação, a lagosta é vendida para grandes mercados, como os Estados Unidos, com um maior valor agregado, já que grande parte dos países exportadores estão com a pesca fechada no período. No entanto, muitos pescadores posicionam-se contrariamente ao pedido, posto que parte deles ainda não está preparada para ir ao mar na metade do próximo mês. Além da questão logística, existe a viabilidade em ambiental, em estudo pelo comitê.

Fonte: Diário do Nordeste(CE)/CRISTIANE VASCONCELOS

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