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Araçatuba: Transporte por hidrovia deve crescer 14%

O transporte de cargas pela hidrovia Tietê-Paraná deve registrar crescimento de 14% este ano, em comparação com o ano passado, conforme cálculo do DH (Departamento Hidroviário), órgão da Secretaria de Transportes de São Paulo. Em 2009, o volume de cargas transportadas pela hidrovia foi de 5 milhões de toneladas, quase o mesmo total de 2008, quando foi registrada a movimentação de 4,97 milhões de toneladas de mercadorias. A estimativa do departamento para este ano é de atingir um volume de carga de 5,7 milhões de toneladas.
Para o presidente da Cooperhidro (Cooperativa do Polo Hidroviário de Araçatuba), Carlos Antonio Farias de Souza, o volume ainda é pequeno quando comparado à capacidade da hidrovia. A grande expectativa está no início do transporte de etanol pela hidrovia, que deve aumentar em 50% o volume de carga transportada quando entrar em operação. Este ano a hidrovia vai receber investimentos de R$ 48 milhões, sendo R$ 40 milhões no alargamento de duas pontes da hidrovia.
De acordo com dados do departamento, apesar de não ter crescido no último ano, o transporte hidroviário, especificamente na hidrovia Tietê-Paraná, foi o que mais cresceu na última década, passando de 1,6 milhão de toneladas/ano para as 5 milhões/toneladas/atuais. Além do açúcar, um dos principais produtos escoados por meio hidroviário, também passam pela hidrovia Tietê-Paraná areia, calcário/adubo, cana-de-açúcar, farelo de soja, madeira, carvão, milho, produtos alimentícios, soja e trigo.
O porto de Araçatuba, que foi responsável pelo incremento do modal no ano de 2006, está desativado, segundo a assessoria de imprensa do DH, por solicitação da prefeitura.
O transporte é feito por cinco empresas: Quintella, EPN (Empresa Paulista de Navegação), CNA (Companhia de Navegação da Amazônia), Sartco, Diamente e Arealva. A DNP Indústria e Navegação, considerada a maior empresa de transporte da hidrovia, parou as atividades em dezembro de 2008, após o Comando do 8º Distrito Naval, órgão da Marinha do Brasil, suspender todos os sete comandantes da empresa. Por enquanto, não há previsão de que outras empresas passem a operar na hidrovia.
INVESTIMENTO
Para incentivar o transporte hidroviário, o governo de São Paulo anunciou que vai investir este ano R$ 48 milhões na hidrovia. Desse valor, R$ 40 milhões serão destinados para o alargamento de duas pontes - SP-333 e SP-425 - o que vai agilizar o transporte do modal em até duas horas, pois permitirá o tráfego de composições de até quatro barcaças e reduzir em até 20% os custos de transportes.
As obras devem ter início este ano e integram o Programa de Eliminação de Restrições Operacionais, desenvolvido pelo DH. As pontes da rodovia SP-333 (Pongaí e Novo Horizonte) e SP-425 (Barbosa e José Bonifácio) ligam os municípios de Assis, Marília, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Penápolis, São José do Rio Preto e Barretos.
Meio propicia redução de custo e de emissão de gás
Dentre as várias vantagens do modal hidroviário, são apontadas como principais a queda no custo do transporte e a redução de emissões de gás carbônico, que contribui para o aquecimento global.
De acordo com informações do Departamento Hidroviário, o custo do modal hidroviário é quase três vezes mais baixo quando comparado ao rodoviário, que concentra 60% da logística do País.
A média do frete na hidrovia é de US$ 14 por tonelada a cada mil quilômetros; enquanto no modal rodoviário sobe para US$ 41/tonelada/1000km. No transporte ferroviário, também considerado de baixo custo, o frete custa em média US$ 24/tonelada/1000km.
No ganho ambiental está a redução na emissão de gases. O transporte hidroviário emite um terço do gás carbônico e consome quase 75% menos combustível do que o rodoviário, para uma mesma carga transportada.
EDITAL
Além do investimento em infraestrutura da hidrovia Tietê-Paraná, pelo Governo do Estado, a Transpetro lançou na semana passada (dia 10) a concorrência para a construção de 20 comboios - 20 empurradores e 80 barcaças - que serão utilizados para transportar etanol pela hidrovia.
O valor do investimento não foi divulgado, mas segundo fontes do mercado, a negociação deve girar em torno de US$ 400 milhões. Um estaleiro será instalado na região de Araçatuba.
A cidade sede de região também está em estudo para receber um dos três centros coletores de etanol que deverão ser construídos ao longo da hidrovia.
Para o presidente da Cooperhidro, Carlos Antonio Farias de Souza, o lançamento do edital marca o início de um grande projeto e é o primeiro passo. "A hidrovia precisa de escala e o etanol é um produto que precisa ser escoado de alguma maneira. O meio hidroviário é o melhor caminho, principalmente pelo custo e o ganho ambiental", disse.
Cada comboio hidroviário, com capacidade para transportar 7,2 milhões de litros de etanol, é equivalente ao uso de 180 caminhões.

 


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